Elon Musk, empresário e dono do X (antigo Twitter), prometeu nesta terça-feira (23) que apresentará um recurso contra a ordem de um tribunal australiano para que a rede social X retire do ar os vídeos de um recente esfaqueamento em uma igreja de Sydney. A Corte Federal Australiana deu na segunda-feira (22), o período de 24 horas à plataforma para remover os vídeos. Após o X ignorar os pedidos da remoção dos vídeos pela Comissão Australiana de Segurança, Musk criticou a comissão nesta terça-feira (22), afim de reafirmar que o conteúdo já havia sido removido para os internautas da Austrália. “Já censuramos o conteúdo em questão para a Austrália, aguardando recurso legal, e está armazenado apenas em servidores nos Estados Unidos”, postou Musk no X.
The Australian people want the truth.
— Elon Musk (@elonmusk) April 23, 2024
𝕏 is the only one standing up for their rights. https://t.co/6ZwzNejKLq
Musk também escreveu que o povo australiano quer a verdade, bem como considera que a Austrália tenta aplicar uma censura mundial. “Nossa preocupação é que se qualquer país tiver permissão para censurar conteúdo para todos os países, que é o que o ‘Comissário de e-Segurança’ australiano está exigindo, então o que impedirá qualquer país de controlar toda a Internet”, acrescentou o empresário de maneira irônica. Ainda nesta semana a questão retornará ao tribunal e um juiz tomará a decisão sobre uma eventual prorrogação da ordem temporária. Logo após, uma terceira audiência será realizada na qual a Comissão de Segurança procurará uma ordem permanente para retirar os vídeos e sanções civis contra a rede social X. Antony Albanese, primeiro-ministro australiano, censurou Musk, quando descreveu-o como um “bilionário arrogante que pensa que está acima da lei”. Além disso, Albanese disse à ABC, “a ideia de que alguém recorra ao tribunal para defender o direito de divulgar conteúdo violento em uma plataforma mostra o quão deslocado está o senhor Musk.”