O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira (31) que Israel “desferiu golpes devastadores” contra seus inimigos nos últimos dias. O premiê mencionou a morte do comandante do movimento libanês Hezbollah, Fuad Shukr, morto em um bombardeio perto de Beirute. “Eliminamos o braço direito de Hassan Nasrallah (o líder do Hezbollah) que era o responsável direto por um massacre de crianças”, disse Netanyahu em um discurso televisionado. Ele fez referência a um foguete que atingiu um campo de futebol no território anexado das Colinas de Golã no sábado (27), ataque que Israel atribuiu a este movimento libanês xiita aliado do Irã.
Durante o pronunciamento na TV, o dirigente israelense não fez nenhuma referência sobre a morte, em Teerã, do líder político do movimento islamista palestino Hamas, Ismail Haniyeh. No entanto, o premiê defendeu a campanha militar israelense em Gaza e garantiu que, se seu país tivesse sucumbido à pressão para interromper a guerra no território palestino, “não [teria] eliminado lideranças do Hamas e milhares de terroristas”.
Por sua vez, Netanyahu falou explicitamente sobre a morte de Shukr na terça-feira (30). Israel responsabilizou o comandante do Hezbollah pelo ataque com foguetes contra um campo de futebol no sábado (27), no território anexado das Colinas de Golã, que causou a morte de 12 crianças. “Eliminamos o braço direito de Hassan Nasrallah [o líder do Hezbollah] que era o responsável direto por um massacre de crianças”, disse o primeiro-ministro.
“Acertamos nossas contas com Mohsen e acertaremos nossas contas com qualquer pessoa que nos faça mal”, declarou, utilizando o nome de guerra de Shukr. “Qualquer um que mate nossas crianças, qualquer um que assassine nossos cidadãos, qualquer um que faça mal a nosso país – sua cabeça tem um preço”, acrescentou. O movimento libanês xiita vinculado ao Irã negou responsabilidade pelo ataque de sábado no Golã.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando milicianos islamistas atacaram o sul de Israel e mataram 1.197 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço com base em dados oficiais israelenses. Os combatentes também sequestraram 251 pessoas. O Exército israelense estima que 111 permanecem em cativeiro em Gaza, das quais 39 teriam morrido. Em resposta, Israel lançou uma campanha militar em Gaza que já provocou a morte de pelo menos 39.445 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.
JP com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira