Israel prevê uma tática de guerra de três fases para o conflito no Oriente Médio que acontece desde o dia 7 de outubro. E a primeira já está sendo executada, segundo o ministro da Defesa, Yoav Gallant, que na quinta-feira, 19, disse que em breve as forças israelenses vão ver a Faixa de Gaza de dentro. Há dias, Israel promete uma incursão terrestre para resgatar os reféns sequestrados pelo Hamas e eliminar o grupo terrorista. Segundo o ministro, a primeira fase são os ataques aéreos e ofensiva por terra; a segunda será combater “bolsões de resistência” dentro do enclave palestino; e a terceira saída das tropas israelenses e criar um novo regime de segurança que trará “uma nova realidade para a segurança dos cidadãos de Israel”. Ele alerta que as fases vão acontecer de fase gradual, mas adianta que o objetivo ficar é “destruir o Hamas“. O ministro não especificou como será esse novo regime de segurança.
Apesar de se prepararem para entrar no enclave palestino, Gallant garante que a missão na região não será permanente e sua tropa não vai ficar lá para sempre. “Queremos fazer uma operação em Gaza para deixar de sermos responsável pelo território para sempre”, disse durante sessação no Knesset, Parlamento israelense. A fase final da operação seria o fim da responsabilidade de Israel com o enclave palestino. Atualmente, são eles que controlam o que entra e saí da região. Tanto é que o cerco total imposto por eles na região originou uma crise humanitária que preocupa a comunidade internacional: são de 4.127 mortos, mais de um milhão de refugiados, 98 mil residências destruídas ou danificadas e, até o momento, alimento para apenas duas semanas – toneladas de ajuda humanitária esperam na fronteira de Rafah, entre Gaza e o Egito, para entrar na região e ajudar as pessoas que estão lá, que vão desde palestino até cidadãos estrangeiros, incluindo brasileiros. Na quinta-feira, 19, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a guerra vai ser longa. “Esta é a guerra moderna contra os bárbaros, os piores do planeta. Será uma guerra longa”, disse.