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MUNDO DAS GUERRAS > ISRAEL VOLTA A ATACAR GAZA APÓS FIM DO CESSAR-FOGO

por Ornan Serapião
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Pelo menos quatro pessoas morreram em vários ataques israelitas na Faixa de Gaza, após ter expirado a primeira fase do acordo de cessar-fogo, segundo indicaram fontes do Ministério da Saúde de Gaza, ligado ao Hamas.  De acordo com a mesma informação, duas pessoas morreram num ataque com drones à cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza.   Por outro lado, uma mulher foi morta num outro ataque em Khan Yunis (no sul) e um jovem foi atingido por um atirador israelita quando estava no telhado da sua casa, em Rafah, no extremo sul do enclave.   O Crescente Vermelho da Palestina confirmou que as suas equipas transportaram três mortos e quatro feridos para o hospital, detalhando serem as duas vítimas mortais do ataque em Beit Hanoun, um ferido em Khan Younis e dois feridos em Rafah.    Os dois mortos de Beit Hanoun foram identificados pelas autoridades de saúde como tratando-se de Hudhayfak e Mohamed al Masri, enquanto a mulher que morreu em Khan Younis foi identificada como sendo Wafa Fasitas.    Já o jovem morto em Rafah foi identificado como Mahmoud Medhat Abu Harb.   As autoridades de saúde contabilizam ainda 12 feridos na sequência dos ataques, que acontecem depois de ter terminado este sábado a primeira fase do cessar-fogo e de as negociações para a segunda fase não terem ainda começado.   O Hamas exigiu este domingo a implementação da segunda fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza, criticando a proposta norte-americana de uma trégua até meados de abril, aceite por Israel.   As informações são do Diario de Notícias.   No sábado, o Governo israelita aprovou uma proposta dos Estados Unidos sobre uma trégua em Gaza durante o Ramadão e a Páscoa Judaica, anunciou o gabinete de Netanyahu.   “Israel adota o plano do enviado do Presidente americano Steve Witkoff para um cessar-fogo temporário nos períodos do Ramadão e da Pessah”, a Páscoa judaica, refere um comunicado do gabinete de Netanyahu.    A festa muçulmana do Ramadão decorre até finais de março e a Páscoa judaica será celebrada em meados de abril.    O plano do enviado de Trump para o Médio Oriente prevê que “metade dos reféns (israelitas capturados pelo Hamas), mortos ou vivos” sejam libertados no primeiro dia da trégua proposta, com a libertação dos restantes a acontecer “no final, se for alcançado um acordo sobre um cessar-fogo permanente”, adianta o comunicado do governo israelita.    Segundo o gabinete de Netanyahu, o enviado norte-americano apresentou o plano depois de chegar à conclusão que as posições do Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e de Israel são irreconciliáveis no imediato e que um período intercalar suplementar é necessário para dar tempo à negociação de um cessar-fogo permanente.  O comunicado adianta ainda que Israel está pronto para iniciar “imediatamente” negociações “sobre todos os detalhes do plano Witkoff” se o Hamas “mudar de posição e aceitar o princípio em que assenta a proposta.   Já este domingo, o movimento islamita palestiniano Hamas exigiu a implementação da segunda fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza e criticou a proposta norte-americana de uma trégua até meados de abril, aceite por Israel.    “A recente declaração do gabinete de [o Presidente israelita Benjamin] Netanyahu confirma claramente que o ocupante continua a fugir aos acordos que assinou”, disse o líder do Hamas.    “A única forma de alcançar a estabilidade na região e o regresso dos prisioneiros é concluir a implementação do acordo (…) começando pela implementação da segunda fase”, disse Mahmoud Mardaoui.    “É nisso que insistimos e não vamos recuar”, acrescentou o dirigente, num comunicado.   Israel anunciou este domingo a suspensão da ajuda à Faixa de Gaza.

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