Os rebeldes houthis do Iêmen lançaram nesta quinta-feira (27) um ataque conjunto com os grupos iraquianos pró-Irã contra a cidade de Haifa, no norte de Israel, e um ataque isolado contra o cargueiro Seajoy no mar Vermelho, onde os insurgentes xiitas intensificaram recentemente suas operações. “A operação foi realizada em conjunto com veículos aéreos não tripulados, mísseis e forças navais, com embarcações de superfície não tripuladas e uma série de mísseis e drones”, afirmou o porta-voz Yahya Sarea, além de acrescentar que o ataque foi “direto e preciso”, contudo, não entrou em detalhes sobre a operação, que ocorreu um dia depois de os houthis realizarem um ataque conjunto com os grupos iraquianos ao porto de Haifa, embora não se saiba se a ação causou danos ou mesmo entrou no espaço aéreo israelense. Nesta quinta, o órgão Operações Marítimas Comerciais da Marinha do Reino Unido informou que um projétil aquático com um explosivo improvisado atingiu uma embarcação no mar Vermelho sem causar grandes danos, a qual continuou sua viagem até seu destino. O ataque foi feito a cerca de 83 milhas náuticas a sudoeste de Al Hodeidah, uma cidade portuária no Iêmen de onde os houthis frequentemente lançam suas operações contra a navegação comercial no mar Vermelho.
Para além dos Houthis, o grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou a responsabilidade pelo disparo de “dezenas de foguetes Katyusha” contra uma base militar no norte de Israel, em resposta aos ataques israelenses contra o sul e o leste do Líbano, como parte dos confrontos na fronteira entre os dois países. O ataque foi realizado em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza por sua “resistência corajosa e honrosa” e em resposta aos “ataques do inimigo à cidade de Nabatieh e à cidade de Sohmor” no sul e no leste do Líbano, respectivamente. O comunicado se referiu a um ataque israelense a um prédio de dois andares em Nabatieh na noite passada, que deixou ao menos 19 pessoas feridas, de acordo com a Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANN). O Hezbollah também reivindicou a responsabilidade por dois outros ataques a posições militares no norte de Israel: um contra uma reunião de militares e outro contra uma região das disputadas Fazendas Chebaa. Os combates, os piores entre os dois lados desde a guerra de 2006, se intensificaram novamente nas últimas semanas, coincidindo com uma escalada no tom das autoridades israelenses, provocando novos temores de um novo conflito aberto.
Com informações da EFE