O grupo extremista Hamas exigiu nesta sexta-feira, 9, a entrada de mil caminhões de ajuda humanitária por dia para evitar a fome na metade norte da Faixa de Gaza. O Hamas culpou os EUA e Israel pela fome que tem afetado mais de 300 mil pessoas na região, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). “Exigimos com urgência a entrada imediata de mil caminhões por dia no norte da Faixa de Gaza até que se recupere da fome e de seu impacto. Se isso não for feito, enfrentaremos uma verdadeira catástrofe humanitária”, disse o Hamas. De acordo com o grupo, a fome está piorando no norte do território, onde permanecem cerca de 800 mil habitantes. “Consideramos os Estados Unidos da América, a ocupação israelense e a comunidade internacional totalmente responsáveis pela escalada da fome no norte da Faixa de Gaza, após o esgotamento dos estoques de farinha, arroz, grãos e outros gêneros alimentícios”, diz outro trecho do comunicado.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) reportou na quinta-feira, 8, que a organização não consegue entregar alimentos no norte de Gaza há duas semanas, e explicou que os palestinos que permanecem na região estão “à beira da fome”. A organização apontou que a última data em que conseguiram entregar alimentos em Gaza foi no dia 23 de janeiro e, desde então, metade das solicitações da UNRWA para missões de ajuda foi rejeitada. Dezenas de israelenses se manifestam todos os dias nas entradas da Faixa de Gaza, por onde entra a assistência, para exigir que Israel impeça esses envios, pois isso está “ajudando o Hamas”. Atualmente, uma média de 200 caminhões entram no território a cada dia, um número insuficiente de acordo com as agências humanitárias.
Com informações da EFE/jp