O Exército de Israel enviou tropas adicionais para reforçar sua invasão do Líbano, onde trava combates diretos com o Hezbollah. Nesta quarta (2) oito soldados israelenses morreram. Caças bombardearam uma clínica em Beirute, matando cinco pessoas – foi o segundo ataque ao centro da capital libanesa esta semana No total, 46 pessoas foram mortas ontem em ataques de Israel no Líbano. Enquanto o governo de Israel pondera a resposta aos ataques de mísseis iranianos de terça-feira, 1º, o Hezbollah disse que seus combatentes haviam entrado em confronto com os israelenses em pelo menos uma cidade libanesa, Maroun al-Ras, perto da fronteira de Israel.
A morte dos oito soldados foi um saldo relativamente alto para o Exército israelense comparado com as perdas diárias que sofreu em Gaza. Os militares de Israel informaram que eles foram mortos por mísseis antitanque do Hezbollah. Todos tinham entre 21 e 23 anos. De acordo com o jornal israelense Hareetz, 716 soldados foram mortos desde 7 de outubro, quando Israel declarou guerra ao Hamas, após o ataque terrorista que matou 1,2 mil pessoas no sul do país. Desses militares, 346 foram mortos em operações na Faixa de Gaza. Os combates no Líbano ocorrem enquanto o Oriente Médio permanece apreensivo em razão da saraivada de mísseis do Irã contra Israel Embora os 180 mísseis tenham sido em sua maioria interceptados pela defesa aérea de Israel, com a ajuda dos EUA e de outros aliados, Netanyahu disse que o Irã havia “cometido um grande erro” e “pagaria por isso”.
O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, afirmou que o país ainda decidirá a resposta – “quando, onde e como”. Questionado por jornalistas, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que não apoia um ataque a instalações nucleares iranianas, acrescentando que ele e outros líderes do G-7 defendiam o direito de Israel de responder, mas acreditavam que a resposta deveria ser proporcional. Segundo ele, os líderes do G-7 concordaram em impor sanções adicionais ao Irã, já sob duras restrições econômicas do Ocidente.
A Guarda Revolucionária do Irã disse ontem que os disparos de mísseis de terça-feira foram uma retribuição pelos recentes assassinatos de líderes do Hezbollah e do Hamas, ambos grupos apoiados por Teerã, que travam uma guerra por procuração contra Israel. O general Mohamed Bagheri, principal oficial militar iraniano, afirmou os ataques de terça-feira tinham como alvo bases militares e a sede do serviço de inteligência de Israel, o Mossad.
O Exército de Israel admitiu ontem que algumas bases militares sofreram “impactos” de mísseis do Irã, mas garantiu que as aeronaves e a infraestrutura foram poupadas. Fotos mostraram danos em outros lugares, incluindo uma escola no sul de Israel e em prédios em Tel-Aviv. Teerã disse que considera sua resposta “encerrada” e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que seu país não quer guerra, mas prometeu “atacar novamente se Israel promover qualquer ação retaliatória”. Os disparos de mísseis iranianos aconteceram um dia após as forças terrestres israelenses avançarem em partes do sul do Líbano em uma invasão cujo objetivo declarado é eliminar a capacidade do Hezbollah de atacar Israel.