Durante pronunciamento na reunião de emergência da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) o embaixador de Israel, Gilad Erdan, exibiu, nesta quinta-feira, 26, um vídeo em que aparece um membro do Hamas tentando decapitar um homem com uma enxada de jardim durante o ataque de 7 de outubro. “O Hamas cometeu atrocidades não vistas desde o Holocausto. Estamos em guerra com monstros”, disse Erdan, que classificou este e outros vídeo compartilhados pelo grupo islâmico como uma “violência sádica que tem como objetivo aterrorizar o povo israelense e colocar medo no coração dos israelenses”. Erdan também apresentou um papel que continham “Liberte Gaza Hamas” escrito e um código QR para que as pessoas pudesse escanear e ver as atrocidades comedidas pelo grupo terrorista.
Durante sua fala, Erdan aproveitou para falar sobre as resoluções que estão sendo apresentadas na ONU como tentativa de solução para o conflito no Oriente Médio que chegou ao seu 20º dia nesta quarta. Ao todo, foram quatro, duas da Rússia, uma os Estados Unidos e outra do Brasil. Todas foram vetadas. A brasileira foi a que ficou mais perto de ser aprovada. Recebeu 12 votos a favor, 2 abstenções e um voto contra, dos Estados Unidos, que, por ser membro permanente, tem o direito de vetar qualquer decisão mesmo que a maioria tenha sido favorável. Segundo Erdan o debate sobre as resoluções discutidas está errado. “É impensável aprovar uma resolução para o fim do conflito sem ao menos citar o Hamas”, disse. “Eles querem uma resolução esvaziada de conteúdo relacionado à situação. Essa resolução é um abuso à sua inteligência, é um abuso a sua inteligência, é impensável que uma resolução como essa que sequer menciona o Hamas possa ser votada aqui.”, acrescentou.
Diante do impasse que tem sido visto na ONU e do atrito que se formou entre Israel e o órgão, o embaixador também aproveitou para criticar a credibilidade da ONU no conflito, que, em seu 20º dia, registrou mais de 8.000 mortos. Segundo o novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, 7.028 pessoas morreram no enclave em decorrência dos bombardeiros feitos pelos israelenses, sendo que 2.913 são crianças, 1.709 mulheres e 397 idosos, e há 18.484 feridos. Israel, por sua vez, registrou uma baixa de 1.400 mortos nos ataque promovidos pelo grupo islâmico e, nesta quinta-feira, 26, informou que o número de reféns do Hamas é de 224. O Ministério da Saúde de Gaza informou que há pelo menos 1.650 pessoas desaparecidas sob os escombros dos edifícios derrubados pelos ataques aéreos, das quais 940 são menores de idade. (JP)