O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que a possibilidade de Javier Milei chegar à presidência da Argentina é uma preocupação para o governo brasileiro. O candidato radical de extrema-direita venceu às primárias da disputa, em agosto, e desponta como favorito à eleição. “É natural que eu esteja (preocupado). Uma pessoa que tem como uma bandeira romper com o Brasil, uma relação construída ao longo de séculos, preocupa. É natural isso. Preocuparia qualquer um… Porque em geral nas relações internacionais você não ideologiza a relação”, disse em entrevista à agência Reuters.
Milei, que também leva o título de Bolsonaro argentino — ele também é apoiador de Donald Trump —, já informou que, se assumir a Casa Rosada, vai cortar laços com países governados pela esquerda, como é o caso do Brasil, que atualmente tem Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como líder. Por mais que não tenha declarado publicamente, Lula apoiará Sergio Massa nas eleições presidenciais. Para vencer no primeiro turno na Argentina, os candidatos precisam obter 45% dos votos ou 40%, porém, com mais de dez pontos porcentuais de vantagem em relação ao segundo na corrida presidencial. O primeiro turno das eleições na Argentina está marcado para o dia 22 de outubro. Um possível segundo turno, está previsto para ser realizado no dia 19 de novembro. (JP)