Um trem de passageiros e um de carga colidiram frontalmente na Grécia na noite de terça-feira, 28, deixando ao menos 36 mortos e 85 feridos. 66 feridos foram hospitalizados, seis dos quais estão em tratamento intensivo, disse um bombeiro. Cerca de 250 passageiros de um total de 350 foram evacuados com segurança para Thessaloniki em ônibus. O acidente ocorreu quando o trem de passageiros saiu de um túnel. Vagões descarrilados, muito danificados com janelas quebradas e densas nuvens de fumaça, podiam ser vistos no local, onde as equipes de resgate procuravam mais sobreviventes. Um vagão de passageiros ficou de lado a quase noventa graus do resto do trem destruído, com outros vagões descarrilados inclinando-se precariamente.
O chefe da unidade de emergência do hospital Larissa, Apostolos Komnos, disse que a maioria dos mortos eram jovens, na faixa dos 20 anos. Muitos dos passageiros estariam voltando para casa após um feriado prolongado de Carnaval marcando o início da quaresma ortodoxa grega. Thessaloniki tem uma grande população estudantil. Este ano foi a primeira vez que a festa de três dias, que antecede a Quaresma, foi celebrada integralmente desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020. Em entrevista à AP News, sobreviventes disseram que o impacto jogou vários passageiros pelas janelas dos vagões. Vários falaram das dificuldades para deixar os vagões após eles terem entortado, com diversos pedaços grandes de aço impedindo a circulação.
Stergios Minenis, um passageiro de 28 anos que se salvou dos destroços ao saltar pela janela, disse que o acidente foi um “pesadelo” com um grande estrondo seguido de fogo: “Estávamos virando na carroça até cairmos de lado… houve pânico”, disse ele. “O fogo foi imediato, enquanto estávamos virando estávamos sendo queimados, o fogo foi à direita e à esquerda”. Um dos vagões pegou fogo e várias pessoas ficaram presas, segundo o canal público de televisão Ert. O governo organizou uma reunião de crise após o evento e, segundo a AP News, declarou três dias de luto nacional.
*Com informações da Reuters, AFP e JP