MUNDO: Ataque a tiros em Louisville, nos EUA, deixa ao menos quatro mortos e oito feridos

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Imagem mostra a área onde ocorreu um tiroteio no centro de Louisville, Kentucky, em 10 de abril de 2022

Um ataque a tiros em uma agência bancária de Louisville, nos Estados Unidos, deixou ao menos quatro pessoas mortas e oito feridas nesta segunda-feira, 10, informou a polícia. Em entrevista coletiva, um porta-voz da polícia de Louisville disse que há um policial entre os feridos. O estado de saúde de duas vítimas, incluindo um dos policiais, é grave. Em um tuíte, o Departamento de Polícia informou que o “atirador suspeito foi neutralizado”. “Não há perigo ativo para o público neste momento”, acrescentou o porta-voz em declaração à imprensa. Segundo o vice-comandante da polícia de Louisville, Paul Humphrey, o infrator morreu, mas não foi revelado em que circunstâncias. O suspeito morreu pouco depois. “Ainda estamos tentando descobrir se ele atirou em si próprio ou se foi baleado por policiais”, acrescentou Humphrey. Os disparos aconteceram no prédio de um banco no centro da cidade. Os feridos foram levados para hospitais da região. A polícia chegou ao local em poucos minutos depois de receber diversas chamadas por volta das 8h30 desta manhã (9h30 em Brasília) após disparos nas instalações do Old National Bank, no centro da cidade, onde o suspeito “ainda estava atirando” mesmo após a chegada das forças de segurança, disse, durante coletiva de imprensa, Paul Humphrey, um agente da polícia local.

Os policiais “sem dúvida salvaram vidas”, afirmou o prefeito da cidade, Craig Greenberg, em entrevista coletiva na qual denunciou “um novo episódio de violência armada”. Ele próprio sobreviveu a um ataque a tiros no ano passado. O governador do estado, Andy Beshear, contou a jornalistas ter perdido um “amigo muito querido” no ataque. “Outro amigo próximo é um dos que estão no hospital”, disse durante a coletiva de imprensa. O prédio do banco fica ao lado do Slugger Field, estádio do Louisville Bats, time de beisebol que disputa uma das ligas secundárias da MLB (a principal dos EUA) e é afiliado ao Cincinnati Reds, uma das equipes da elite. Essa região é uma das mais movimentadas da cidade, onde vivem 630 mil habitantes e que fica na divisa entre os estados de Kentucky e Indiana. Os Estados Unidos pagam um preço alto pela disseminação de armas de fogo em seu território e pela facilidade com que os americanos têm acesso a elas. Em 27 de março, uma pessoa abriu fogo em uma escola particular de ensino fundamental em Nashville, no estado do Tennessee. Matou três meninos de 9 anos e três funcionários antes de ser morto a tiros pela polícia. O país tem mais armas individuais do que habitantes: um em cada três adultos possui pelo menos uma arma nos Estados Unidos, e quase um em cada dois vive em uma casa onde tem uma arma. Como consequência dessa proliferação, registra-se um índice altíssimo de mortes por armas de fogo no país, incomparável com o de outras nações desenvolvidas. Cerca de 49.000 pessoas morreram por ferimentos a bala em 2021, contra 45.000 em 2020 — que já era um ano recorde. Isso representa mais de 130 mortes por dia. Deste total, mais da metade são casos de suicídio.

*Com informações da AFP e JP