O diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador Alberto da Costa e Silva morreu em casa na madrugada deste domingo (26). Segundo a Academia Brasileira de Letras (ABL), o acadêmico morreu de causas naturais. Alberto da Costa e Silva era viúvo, deixou três filhos – Elza Maria, Antonio Francisco e Pedro Miguel –, sete netos e uma bisneta.
Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2000, Alberto da Costa e Silva foi o quarto ocupante da cadeira 9 e foi presidente da ABL entre 2002 e 2003. O corpo do diplomata será cremado nesta segunda-feira (27), em uma cerimônia reservada para os familiares.
Um dos mais importantes intelectuais brasileiros, era especialista na cultura e na história da África, onde foi embaixador do Brasil por quatro anos, na Nigéria e no Benin. Sua obra é fundamental para o desenvolvimento dos estudos e do ensino da história do continente africano. Escreveu mais de 40 livros, entre poesia, ensaio, história, infanto-juvenil, memória, antologia, versão e adaptação.
Alberto Vasconcellos da Costa e Silva nasceu em São Paulo, em 12 de maio de 1931, e fez os estudos primários e iniciou o curso secundário em Fortaleza. Em 1943, se mudou para o Rio de Janeiro. Se tornou diplomata pelo Instituto Rio Branco em 1957.
Foi Doutor Honoris Causa em Letras pela Universidade Obafemi Awolowo (ex-Universidade de Ifé), da Nigéria, em 1986, e em História pela Universidade Federal Fluminense, em 2009, e pela Universidade Federal da Bahia, em 2012.
Em 2014, recebeu o Prêmio Camões; em 2003, o Prêmio Juca Pato – Intelectual do Ano de 2003, da União Brasileira de Escritores e Folha de S. Paulo; e em 2007, foi escolhido o Homem de Ideias pelo Jornal do Brasil.