O repertório de ditos populares de Almenísio é uma das marcas que o morador de Itabuna deixou na memória dos amigos. “Não me acompanhe, que eu não sou novela; quem tem limite é município; quem tem controle é videogame; quem dá questão é professor; quem tem dó é violão”, relembraram alguns dos presentes no sepultamento de Almenísio Carvalho Alves, nesta segunda-feira (12), no Cemitério Campo Santo. “Essas palavras nunca vão sair da nossa mente”, disse um amigo do motorista.
Almenísio morreu em um grave acidente automobilístico, no sábado (10), na BA-262, trecho Ilhéus-Uruçuca. A caçamba que ele dirigia bateu em uma árvore às margens da estrada. Valdir Galdino da Silva, morador de Ilhéus, também morreu no local. Uma terceira vítima foi socorrida e levada para o Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus. Não há detalhes sobre o estado de saúde dela.
“ELE GOSTAVA MUITO DE FESTA”
Amigo de infância de Almenísio, que morava no Lomanto, Cristóvão Gonçalves explicou a decisão da homenagem com músicas populares e o Hino do Flamengo, entoado quando o caixão foi colocado no túmulo. “É que ele gostava muito de festa, gostava de viver a vida”, disse ao PIMENTA. No velório, a legião de amigos do motorista bebeu cerveja e comeu carne assada, outras duas paixões do flamenguista.
Também amigo da vítima do trágico acidente, o taxista José Alberto Soares Santos, Beto do Táxi, fez um breve perfil de Almenísio. “Era um menino gente boa, querido, todo mundo gostava dele. E ele gostava muito de som, por isso o pessoal fez essa homenagem”.
O motorista era solteiro e deixa os irmãos e os pais. No próximo mês, ele completaria 41 anos. Assista ao vídeo com imagens da despedida. (pimenta)