Por Olívia Coutinho
Neste dia dedicado as mães, quero mais uma vez, dar asas aos meus pensamentos, deixar o meu coração falar de um tesouro que eu tenho lá no céu rogando a Deus por mim! Ela era o sol das minhas manhãs, a estrela de maior brilho, a flor mais bela do meu jardim, tinha ternura no olhar, doçura nas palavras, simplicidade de uma criança e sabedoria de uma mestra! Minha mãe só sabia amar! Seus olhos brilhavam de alegria quando recebia meus singelos gestos de carinho, um coração recortado no papel de pão, ou uma flor do mato que eu trazia de longe e que já chegava murcha em suas mãos! Minha mãe tinha uma alegria estampada no olhar, seu sorriso iluminava as veredas seguras as quais eu devia seguir, suas mãos além de afagar, me seguravam frente aos perigos inevitáveis do começar do caminhar… Aprendi com ela, que a alegria é um sinal de gratidão, do nosso agradecimento pela vida, que as pedras do caminho podem ferir nossos pés, mas não ferem a alma, que podemos extrair coisas boas até mesmo de nossas dores, que o amor é o alimento da nossa alma, que devemos amar sem medida… Ela foi o anjo que sempre me amparou, que me deixou ser criança, correr, subir em arvore, rolar na terra… Minha mãe unia a fé com a vida, falava-me de Deus, não somente com palavras, mas principalmente com atitudes, ela via nos pobres o próprio CRISTO CRUCIFICADO! As portas lá de casa, ficavam sempre abertas pra aquela gente sofrida que vinha de longe buscar ajuda, todos sabiam que ninguém saía de lá, com as mãos e o coração vazios! Ainda me lembro do DEME, da TUCA, da TIADORA, do PAULINHO, um menino pobrezinho que não saia lá de casa só pra ter onde comer. Mamãe tratava todos como se fossem da família, tinha paciência de ouvir as queixas daquelas pessoas sofridas, que além de coisas materiais, buscavam nela força e ânimo pra enfrentar as dificuldades da vida. Ela fazia tudo por amor, sem saber que ao mesmo tempo, passava para os filhos grandes ensinamentos. Eu era bem menina, mas observava tudo, via a alegria de cada pobre saindo lá de casa com um sorriso nos lábios e com seus cestinhos cheios de alimentos Sua passagem aqui na terra, foi bem curtinha, nem me deu tempo de vê-la com cabelos brancos, pois ela se foi com apenas 35 anos. Vivi com minha mãe apenas quinze anos, mas seus ensinamentos foram suficientes para construir em mim, o pilar da fé que hoje me sustenta… Desejo a todas as mães deste grupo: UM FELIZ DIA DAS MÃES!
Esta matéria é uma homenagem de Olivia Coutinho a todas as mães do GRUPO REFLETINDO O EVANGELHO