Por: Olívia Coutinho
A cruz é inevitável no caminho do profeta, pois muitos tentarão calar a sua voz por se sentirem incomodados com a verdade que ele proclama. A palavra do profeta, inquieta aqueles que não querem mudar de vida, os que preferem permanecer na mentira. Esses, farão de tudo para silencia-lo, mas em vão, pois nem mesmo a morte, faz calar a voz de um profeta. É justamente depois da morte do profeta, que a sua fala passa a ressoar com mais intensidade ainda, chegando a lugares onde ele jamais esteve. Foi o que aconteceu com Jesus, a sua fala, incomodou os poderosos que o levaram à cruz, mas nem mesmo a cruz, conseguiu calar a voz do profeta maior de todos os tempos. A cruz não calou Jesus, e foi justamente depois da sua morte, que a sua palavra se espalhou por todo o universo através de seus mensageiros!
O Evangelho de hoje, nos conduz a Nazaré, terra natal de Jesus. Ele retorna ao seu povo, não para ser aclamado, mas para lhes revelar o rosto humano do Pai. No entanto, foi em Nazaré que Jesus experimentou a dor mais amarga: a dor da rejeição. Seus conterrâneos, os que deveriam ser os primeiros a acolhê-lo, o rejeitaram. Antes de descobrirem sua verdadeira identidade, o povo ficava maravilhado com suas palavras, mas, ao perceberem que Ele se revelava como o Messias anunciado pelos profetas, aquele encanto cai por terra, transformou em incredulidade e desprezo.
O povo esperava por um Messias triunfalista, com poderes políticos, alguém de punho forte que libertasse Israel da dominação romana. No entanto, Jesus se apresenta como o Messias dos pequenos, dos pobres e marginalizados. Sua origem humilde, como filho de um carpinteiro, escandalizou aqueles que se recusam a enxergar nele, o rosto do Pai. O preconceito, os impediu de mergulhar no mistério do amor de Deus. Os conterrâneos de Jesus, tiveram nas mãos a chave da felicidade verdadeira, mas desprezaram a graça divina por conta de seus preconceitos. Por isso, em Nazaré, Jesus não realizou grandes milagres, não, por retaliação, mas pela incredulidade daquele povo.
Diante dessa passagem, somos chamados a refletir: quantas vezes também nós, desprezamos os sinais de Deus por estarmos presos a preconceitos? Quantas vezes não valorizamos os pequenos instrumentos que Deus usa para falar conosco? Às vezes ignoramos um ministro da Palavra em nossa comunidade por sua origem simples, enquanto nos encantamos com discursos de “grandes” figuras. No entanto, é pelos pequenos que Deus nos fala.
A rejeição a Jesus não impediu a propagação do Reino de Deus. Seu Evangelho continua ecoando, sustentado pelos profetas de hoje, homens e mulheres que abraçam a missão de anunciar a Boa Nova do Reino.
Que possamos abrir nossos corações para acolher a Palavra de Deus, independentemente do mensageiro, e jamais permitir que o preconceito nos cegue para a graça…
QUE DEUS O ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSGEM DO DIA > “UM PROFETA SÓ NÃO É ESTIMADO EM SUA PÁTRIA…”
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