Por Olívia Coutinho
Já estamos no 5º Domingo da Quaresma, nos aproximando cada vez mais da Páscoa do Senhor Jesus, o ponto mais alto da nossa fé. Na próxima semana, com o Domingo de Ramos, entraremos na dinâmica da semana Santa, nos colocando aos pés da cruz de Jesus, para depois ressuscitarmos com Ele…
A liturgia que refletimos ao longo deste tempo, nos fez crescer na fé, nos conscientizou de que a nossa vida, só tem sentido se vivida dentro da perspectiva da vida eterna.
O evangelho proposto para a nossa reflexão neste Domingo, nos convida a pautar a nossa vida no exemplo de Jesus, a assumir a nossa fé com todos os seus desafios.
O texto começa dizendo, que entre as pessoas que haviam subido para adorar a Deus, durante a festa dos Judeus, estavam também, alguns gregos, que sentiram desejosos de ver Jesus. Certamente, estes gregos, já tinham ouvido falar de Jesus, razão pela a qual, eles desejavam vê-lo.
Filipe, um dos discípulos de Jesus, cujo o nome era de origem grega, foi o escolhido como intermediário, talvez pela origem do seu nome. Esses gregos disseram a Filipe: “Senhor, queremos ver Jesus!” Filipe convidou André e os dois, levaram o pedido deles ao conhecimento de Jesus, que não se manifestou, mas, provavelmente, ao tomar conhecimento de que a sua palavra, já atingia outros povos, (no caso os gregos) o tenha motivado a falar abertamente de sua morte para os discípulos. Naquelas alturas, Jesus, convicto da necessidade de sua morte, para a nossa redenção, dá como encerrada a sua missão aqui na terra, dando a entender, que a partir de então, Ele só seria visto na cruz…
Certo dos benefícios que sua morte traria para a humanidade, Jesus abraça a cruz como abraçasse a todos nós, pois seria pela a Cruz, que Ele nos libertaria das mãos do inimigo…
Mesmo na iminência de um grande sofrimento, Jesus, angustiado, ainda encontra força para falar da fecundidade da vida, referindo-se aos frutos que seriam produzidos com a sua morte.
A caminho da morte, Jesus falava de vida, dando o exemplo de uma semente que só produz frutos, quando cai na terra e morre. “Se o grão de trigo que cai na terra e não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muitos frutos.”
Ao falar da dinâmica de uma semente, Jesus fala de si mesmo, Ele se via, como uma semente, que precisava morrer para gerar vida. Falando claramente d e sua morte, Jesus já delega aos discípulos, a incumbência de fazê-lo conhecido não somente por aqueles gregos que queriam vê-lo, mas pelo o povo do mundo inteiro, o que de fato aconteceu. Foi depois da sua morte e ressurreição, que Jesus ficou conhecido em todos os rincões da terra…
Finalizando a sua trajetória terrena, Jesus adverte os discípulos e hoje a nós, sobre o perigo do apego à vida terrena, a sua mensagem é muito clara: somente quem é desapegado, desprendido, está livre para segui-lo.
Quem deseja verdadeiramente seguir Jesus, deve apresentar-se a Ele, completamente livre de qualquer apego. O apego nos escraviza, é uma forma ilusória de resguardar a vida, vida, que nem pertence a nós, pertence a aquele que nos criou… Deus nos criou para Ele, por tanto, somos de Deus e por assim ser: De nada devemos temer…
Quando resguardamos a nossa vida, podemos até nos sentir protegidos de alguns infortuno, mas não realizaremos a vontade de Deus, não produziremos os frutos esperados por Ele.
“Queremos ver Jesus!” São muitos, os que querem “ver” Jesus como aqueles gregos, mas desconhecem o caminho para chegar até Ele! Como discípulo de Jesus, tornemos caminho para que o outro possa chegar à Jesus…
Conhecer Jesus, é descobrir um tesouro de valor incalculável, é enriquecer-se preservando o coração pobre…
DESEJO A TODOS, UM SANTO DOMUNGO!
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho