Por Olívia Coutinho
Com o findar do ano litúrgica já batendo à nossa porta, somos convidados a fazermos uma revisão vida, a confrontar o nosso comportamento com o que nos diz a palavra de Deus, e a partir daí, ajustar os nossos passos nos passos de Jesus… Em se tratando da salvação, não podemos perder tempo, precisamos nos conscientizar de que o nosso tempo de vida terrena, passa muito rápido e por assim ser, deve ser muito bem aproveitado, afinal, este é o único espaço sagrado, que Deus nos concede para construirmos aqui na terra, a nossa morada no céu. A liturgia deste tempo, vem nos acordar para algo que não gostamos de lembrar: a certeza da nossa morte, lembrada no dia de finados e também nos trazer uma grande consolação, lembrando-nos no dia de todos os Santos, que a nossa vida, não termina com o fechamento definitivo dos nossos olhos para as coisas da terra. Quando os nossos olhos se fecham para as coisas da terra, certamente eles se abrem para as coisas do céu! Como peregrinos, que caminha em busca do definitivo, temos uma certeza: o nosso destino é o céu! O evangelho que a liturgia deste 33º domingo do tempo comum, nos convida a refletir, chega até nós, numa linguagem simbólica, tendo como objetivo principal, lembrar-nos da transitoriedade da nossa vida terrena, a vida que passa. Olhando essas duas realidades: vida e morte, lembradas no início deste mês, vamos perceber, que a morte, na visão de um seguidor de Jesus, não é o fim, e sim, o começo de uma nova vida, de uma vida em plenitude, sem os transtornos terrenos… O fim do tempo, acontece para cada um de nós, na ocasião da nossa morte. Para quem morre, o sol escurece, mas a vinda gloriosa de Jesus no seu esplendor, o transportará para um lugar mais claro e radiante do que a luz do sol que brilha sobre a terra! Quanto ao dia e hora da nossa passagem, Deus preferiu não revelar, Jesus só nos deu uma dica: pode acontecer a qualquer momento, o que pode nos deixar apreensivos. No entanto, para quem vive dentro do plano de Deus, vivendo de acordo com a sua vontade, dia e hora não importa, o importante é estar o tempo todo em sintonia com Jesus, ciente de que há uma vida melhor por vir, uma vida em plenitude que é a vida eterna! Nas entrelinhas do texto, colocado diante de nós, transita uma palavra que expressa algo confortante, algo que não nos deixa esmorecer diante as tribulações, que é a esperança… Se aprofundarmos um pouco mais neste evangelho, vamos perceber que embora, ele esteja recheado de algo aterrorizante, a sua mensagem é de esperança, ele nos fala da segunda vinda de Jesus, momento em que haveremos de prestar contas do que fizemos, ou deixamos de fazer aqui na terra… Evidentemente, não é nada confortável falar do findar da nossa vida terrena, mas não podemos esquecer: esta é a única certeza que temos do nosso futuro… Ao mesmo tempo em que o texto fala de turbulências, ele nos fala de uma renovação, reafirmando que Deus não desiste da sua criação, e para falar desta renovação, Jesus cita o exemplo da natureza, enfatizando a figueira! Se observarmos bem as arvores, vamos perceber que elas nos passam grandes lições: durante o inverno, as arvores são duramente castigadas, muitas, ficando totalmente desnudadas, mas basta surgir as primeiras chuvas, para que elas se renovem. Assim também acontece conosco, nós também, atravessamos as durezas dos muitos invernos da nossa vida, mas em Jesus, temos a possibilidade de nos renovar. Todas as descrições presentes neste texto, podem nos parecerem negativas, mas a sua finalidade é nos tranquilizar, nos mostrar que Deus é maior que tudo, e que o mundo velho, que alimentamos dentro de nós, está prestes a desaparecer com a vinda de Jesus para dar lugar a um mundo novo, onde os “escolhidos” de Deus não terão mais o que temer. Meu irmão e minha irmã: As coisas da terra, passam, tudo que começa tem seu fim, menos a palavra de Deus, a palavra de Deus é eterna, ela continua atual de geração em geração… Medo, preocupação, não encontra espaço num coração habitado por Jesus…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS
Reflexão de Olívia Coutinho