Estamos no terceiro Domingo do advento, chamado Domingo da alegria! Neste tempo de alegria e de gratidão, o nosso coração se enche de jubilo para acolher Jesus, que já está no meio de nós, mas que às vezes, não nos damos conta de tamanha maravilha! Este tempo luminoso, faz-nos sentir o céu mais próximo da terra, quando tudo vem nos falar de amor, de um amor que nos remete ao coração do Pai, que através do Filho, nos concede a graça de redescobrirmos o caminho da vida!Historicamente, Jesus já nasceu já esteve fisicamente entre nós, hoje, Ele não quer mais abrigar-se naquela gruta fria de Belém, e sim, no aconchego do nosso coração! Em meio a este mundo tão conturbado, onde impera o individualismo, a ganancia, Deus vem reacender em nossos corações, a chama da esperança, lembrando-nos, através da liturgia deste tempo, o quanto Ele nos ama e que Ele estará conosco até o fim dos tempos. O evangelho que a liturgia deste Domingo nos convida a refletir, começa dizendo que João Batista estava na prisão, e que quando ouviu falar das obras realizadas por Jesus, enviou até Ele, alguns de seus discípulos para perguntá-Lo: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” Jesus respondeu-lhes: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados.” Com a prisão de João Batista, começa as consequências do seguimento a Jesus, que ainda nem havia se manifesta a humanidade. Mas nem a prisão, conseguiu deter João Batista, mesmo preso, ele continuou anunciando a vinda do Messias, mostrando-nos que ninguém consegue calar a voz de um profeta. É interessante perceber que Jesus, não se intimidou com a prisão de João Batista, pelo o contrário, foi logo após a sua prisão, que Jesus iniciou o seu ministério. A liturgia deste tempo, estará sempre nos apresentando a figura de João Batista que é, depois de Maria, a figura de maior relevo no advento. Jesus é o centro, e João Batista surge como protagonista da história, pois foi a partir dele, que o Messias se manifestou à humanidade. O profeta João Batista representa o antigo testamento, contudo, ele não se prendeu à mentalidade antiga, não se acomodou nas tradições do seu povo, nem de sua Família, pelo contrário, João buscou algo novo, fazendo-se anunciador de um tempo novo, um tempo que traria um sentido novo para humanidade que distanciava da sua verdadeira origem. “Em verdade vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele”. O menor no Reino dos céus é aquele que nasce do Alto, isto é, que nasce do Espírito Santo e que ao fazer o que Jesus fazia, dá continuidade a sua presença no mundo, o que o torna maior que João Batista que anunciou a chegada do Messias, mas não pode viver esta experiencia. Apesar de ter sido chamado por Deus para preparar o caminho do Senhor, João Batista não teve a alegria de conviver com o Messias, mas ele morreu sabendo, que graças ao cumprimento de sua missão, muitos, iriam viver esta alegria, como nós estamos vivendo! .Os discípulos de João, tiveram a alegria do encontro pessoal com Jesus, após este encontro, eles não tiveram dúvidas de que Jesus era de fato, o Messias anunciado por João Batista! O mesmo acontece conosco: quando fazemos a experiência do encontro pessoal com Jesus, não temos duvidas de que é Nele, que devemos depositar a nossa confiança, a nossa vida . É certo de que um dia, alguém nos falou de Jesus, como João falou para os seus discípulos, no entanto, só vamos conhece-Lo de fato, através do nosso encontro pessoal com Ele! Imitemos o profeta João Batista sendo a voz que grita no deserto contra tudo e contra todos que insistem em manter os caminhos tortuosos como “expressão de valores”. O nosso caminho é o caminho da justiça, do amor, um caminho traçado por Deus e não por nós, é trilhando este caminho, que encontraremos a felicidade plena! Neste tempo de preparação para o Natal do Senhor Jesus, tomemos consciência da importância de estarmos, sempre vigilantes, num processo contínuo de conversão, para que assim, possamos transformar o nosso coração numa manjedoura aconchegante para acolher Jesus, é no nosso coração, que Ele quer fazer sua morada…Que a alegria da certeza da presença de Jesus no meio de nós, invada o nosso coração, intensifique a nossa disposição em dar passos ao encontro Dele no encontro com o irmão. FIQUEMOS NA PAZ DE JESUS.
Por Olivia Coutinho