Por Olívia Coutinho
Os desafios de quem faz opção por Jesus, serão muitos, muitos, vão zombar dele, vão criticá-lo, pois nem todos vão concordar com o seu modo diferente de viver, que com certeza, não será o mesmo de antes… São muitos, os obstáculos, que dificultam a caminhada de um seguidor de Jesus, a cruz é inevitável no seu caminho, mas quem enxerga a cruz redentora de Jesus, tem força para carregar a sua… O evangelho proposto para a nossa reflexão, neste 20º Domingo do Tempo Comum, nos convida a refletir sobre os desafios da missão apontando-nos caminhos para que possamos permanecer firmes na fé, agindo de modo profético diante as injustiças. O texto, à princípio, pode nos parecer de difícil entendimento, mas se meditarmo-lo dentro do contexto em que Jesus estava vivendo, vamos entendê-lo facilmente. Usando uma linguagem figurada, Jesus revela a seus discípulos, a quê, Ele veio. “Eu vim lançar fogo sobre a terra…” Provavelmente, Jesus tenha usado um costume do povo, para fazer esta comparação: no final do inverno, nas pastagens, queimavam-se o capim velho, para que o capim novo pudesse surgir na primavera. O fogo, a que Jesus se refere, tem essa mesma função, eliminar o que é velho para dar lugar ao que é novo, ou seja: o fogo citado por Jesus, tem o significado de limpeza, de purificação. Simbolicamente, é o fogo necessário para mudar mentalidades, para eliminar tudo o que impede o surgimento do novo. Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre aterra? “Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão.” Ao trazer a verdade que liberta, Jesus provocou divisões, porque Ele incomodou os que não estavam comprometidos com a vida, àqueles que ainda hoje, se beneficiam de um sistema opressor, um sistema injusto. O anuncio da verdade, incomoda quem quer continuar vivendo na mentira. “…Daqui por diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra.” Evidentemente, Jesus veio dividir, dividir, porque nem todos vão aceitar a sua proposta. A divisão na família, a que Jesus se refere, é a consequência de aceitar ou não aceitar a sua proposta, numa mesma família, uns aceitam-na outros não. Todos são chamados, mas nem todos aceitam a proposta de Jesus, portanto, nem todos serão salvos. Ninguém se salva sozinho, mas a salvação é individual e não coletiva, não é pelo fato de pertencermos a uma mesma família, a uma mesma igreja, a um mesmo grupo, que seremos salvos, e sim, pela nossa obediência a Deus no seguimento a Jesus. Todos os que aderirem à proposta de Jesus, serão salvos porque viverão de acordo com a vontade de Deus. Já, os que optarem pelas propostas do mundo, ficarão de fora, ou seja, numa mesma família, uns serão salvos, outros não. Jesus não veio trazer a Paz, pelo contrário, Ele provocou conflitos, incomodou os inimigos do projeto de Deus, o que Jesus nos trouxe mesmo, foi a arma com a qual, conquistaremos a Paz, que é o seu amor manifestado por nós na cruz. Foi a ressurreição de Jesus, que abriu o caminho para a verdadeira paz, uma paz contrária a paz que o mundo oferece através de armas que tiram vidas. Essa paz, que é fruto da ressurreição de Jesus, todos nós podemos ter, mesmo em meio as turbulências deste mundo tão desigual, um mundo que continua rejeitando o dono da paz… DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho