Por Olívia Coutinho
Neste Domingo, celebramos com muito alegria, a Assunção de Nossa Senhora! “O dogma da Assunção e da Imaculada Conceição de Maria, estão intimamente ligados, ambos proclamam a santidade de Maria.” É importante não confundirmos Assunção com Ascensão. Assunção e Ascensão são palavras bem parecidas, mas de significados bem diferentes. A ascensão é de Jesus, significa que Ele, por ser o próprio Deus, subiu ao céu pelo o seu próprio poder. Já, a Assunção, é de Nossa Senhora, é um dos dogmas Mariano mais importante, significa que Maria foi levada por Deus ao céu, não subindo por si própria. A Assunção de Nossa Senhora, alimenta em nós, a esperança de que um dia, nós também, se seguirmos o seu exemplo, estaremos como Ela: na Glória do céu! O Evangelho que a liturgia de hoje, sugere para nossa reflexão, apresenta-nos Maria como modelo de vida cristã! Nossa vida, se pautada no exemplo desta grande mulher, com certeza, será uma vida frutuosa! Assim que ficou sabendo que ela estava grávida de Jesus, Maria ficou sabendo também, da gravidez de Isabel. A partir de então, ela não pensa em si, pensa em Isabel, que por ser uma mulher de idade avançada, com certeza, necessitaria de maiores cuidados durante a gravidez. Movida pelo amor ao próximo, Maria, que se entregou como serva de Deus a partir do anuncio do Anjo, pôs-se à caminho, indo ao auxílio de Isabel. Com este gesto abnegado, ela nos dá um grande exemplo de solidariedade, mostrando-nos que o amor é muito mais do que sentimento, muito mais do que palavras bonitas, o amor é gesto concreto, é decisão de ir ao encontro do outro, de inteirar-se das suas necessidades para poder ajudá-lo. Subindo montanhas, carregando Jesus em seu ventre, Maria se fez a primeira missionária do Pai, levando seu Filho ao outro… A narrativa nos fala ainda, de dois encontros que ficaram marcados em toda história: o encontro de duas mulheres que pela graça de Deus, se fizeram mãe fora da normalidade: Maria, uma virgem sem ter unido a um homem e Isabel uma anciã. No encontro destas duas mulheres, que nos mostram que para Deus, nada é impossível, acontece também, um encontro invisível, mas sentido, o encontro de duas crianças que estavam sendo gestados no ventre destas duas mulheres distintas. No ventre da jovenzinha de Nazaré, estava sendo gerado Jesus, o Filho de Deus que haveria de nos salvar e no ventre antes estéril da anciã Isabel, João Batista, aquele que seria o maior profeta nascido de mulher, segundo o que o próprio Jesus veio Afirmar. Lc7,28 “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre. (Lc1, 41.” “Bem aventurada àquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor prometeu,” Ao ouvir estas palavras de Isabel, Maria, disse: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva…” Este, é o canto do MAGNIFICAT, neste canto, Maria expressa de modo transbordante, a sua gratidão pela a imensidão de maravilhas que Deus realizou em sua vida! Realizações, que ela reconhecia não serem somente em seu favor, mas em favor de todos, uma vez que, pelo Filho que ela carregava no ventre, a salvação chegaria à humanidade! O canto do MAGNIFICAT é um canto de gratidão e de humildade, neste canto, Maria reconhece o poder e a majestade do Senhor e se submete à sua vontade, proclamando-se bem aventurada! Com Maria, aprendemos que a humildade nos aproxima da perfeição e que ao dizermos “sim” a Deus, Ele nos transforma em “grandes” mesmo dentro da nossa pequenez! Podemos também, assim como Maria, louvar a Deus dizendo: A minha alma engrandece o Senhor, porque Ele olhou para a humildade de seu servo ( a) “O Todo Poderoso fez grandes coisas em meu favor…” Ao se entregar inteiramente a serviço de Deus, Maria teve participação fundamental na história da salvação, enfrentando todos os desafios desde a concepção de Jesus, até a sua morte de cruz. E mesmo com o coração transpassado de dor, ela manteve-se de pé aos pés da cruz. O papel desempenhado por Maria na encarnação e na morte de Jesus, nos deixa um grande exemplo, exemplo, de mulher forte, de alguém que ama, que não se deixa abater diante o sofrimento, porque confia no poder e na misericórdia de Deus. Que nossos corações, sejam iluminados pela a luz da bondade que iluminou o coração de Maria, a grande defensora dos pobres e oprimidos. “Deus cativou Maria e ela se deixou cativar por Ele!” O “sim” de Maria possibilitou a entrada do Filho de Deus, no meu e no seu coração…