Por Olívia Coutinho
Estamos no início do Mês da Bíblia! Neste mês temático, a igreja, ressalta, a importância de nos aprofundarmos mais, no conhecimento da palavra de Deus, palavra que orienta, que liberta… Numa comunidade cristã, que alimenta a sua intimidade com a Bíblia, sempre haverá inovações, avanços significativos, tanto na catequese, quanto na liturgia, como também, na vida pessoal de cada um, pois através da leitura reflexiva da Bíblia, todos vão se inteirando do querer de Deus, realizando a sua vontade!
A palavra de Deus, que chega até a nós, no evangelho deste 23º Domingo, chama a nossa atenção sobre a importância da correção fraterna. Como seguidores de Jesus, não podemos desistir do outro, em hipótese alguma, nem ficar assistindo passivamente a sua ruína.
As orientações, passadas por Jesus, neste texto, nos indica alguns passos importantes, no sentido de resgatar aquele, que esteja se desviando do caminho de Deus. São procedimentos um tanto difíceis, mas imprescindíveis, tanto para a salvação deste nosso irmão, quanto para a nossa. “Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão.” O diálogo, deve ser sempre o primeiro passo, muitas questões se resolvem através do diálogo, pois dependendo do que ouvimos, podemos chegar à conclusão de que tudo não tenha passado de um mal entendido.
“Se ele não te ouvir, toma consigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas.” Este, é um passo importantíssimo, pois o discernimento a dois, ou com mais pessoas, poderá nos convencer de que o fato não tenha sido tão grave como parece, e que vale a pena manter o convívio com aquele irmão que errou… “Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja”. Isto é: Se ele não quiser se corrigir, devemos levar ao conhecimento da Igreja, pois quem sabe, numa conversa com o padre, ele muda seu comportamento… E, se mesmo assim, ele preferir permanecer no erro, devemos respeitar, afinal, ele é livre pra fazer a sua escolha, o problema então, deixa de ser nosso, só nos resta rezar por ele.
Com essas orientações, Jesus nos mostra, que a forma que Deus usa para corrigir seus filhos, não é através de castigos, e sim, através do amor daqueles que não querem ver um irmão se perder, ainda que este irmão, tenha lhe feito algum mal.
O grande problema, em se tratando da correção fraterna, é que às vezes, influenciados por alguns fatores, como a antipatia, o preconceito, invertemos a ordem dos passos que nos foram apresentados por Jesus. É compromisso cristão, colaborar para que todos se salvem, afinal somos corresponsáveis pela a vida do outro, não podemos ignorar, deixar de lado, aquele, que na sua fragilidade, possa ter cometido algum erro, erro, que se não corrigido fraternalmente, pode se repetir e provocar graves consequências tanto para ele, quanto para a comunidade a qual ele pertence.
A correção fraterna, a que Jesus se refere, é um ato de amor e nunca de autoridade e condenação.
O que concorre para o êxito de uma correção fraterna, é a nossa postura diante aquele que errou, postura esta, que nunca deve ser de um juiz, e sim, de alguém que quer o seu bem.
Nossas comunidades, não devem serem vistas, como associações onde ninguém se interessa pelo o bem do outro, e sim, uma comunidade de irmãos, que por comungar da mesma verdade, caminham juntos, amando mutuamente, exercitando sempre o perdão.
“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles”. Quando Jesus se faz presente, no meio das pessoas que buscam soluções para determinadas situações, podemos ter certeza: tudo se resolve, tudo tem um desfecho feliz… DESEJO A TODOS UM SANTO DOMINGO!
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho