Por Olívia Coutinho
O evangelho que nos é apresentado nesta Quarta-feira da primeira semana do tempo Comum, vem nos mostrar, mais uma vez, a proximidade de Jesus com os sofredores. Jesus não se apresentou ao povo, em cima de palanques como fazem os políticos de hoje, e sim, em meio aos sofredores. Foi curando os doentes, libertando os acorrentados pelas as forças do mal, que Jesus se apresentou como o Filho de Deus. O texto nos apresenta três atividades de Jesus, momentos que marcaram o início do seu ministério. No primeiro momento, Jesus sai de uma sinagoga onde havia libertado um homem possuído por um espírito mau, o que vimos no evangelho de ontem, e segue, juntamente com Tiago e João em direção a casa de Pedro, que até então, era conhecido como Simão. Ao tomar conhecimento de que a sogra de Simão estava enferma, Jesus se aproxima dela, a toma pela a mão e ele se levanta. A partir de então, a sua enfermidade desaparece e ela se põem a servi-los. Neste episódio, o que deve chamar mais a nossa atenção, não deve ser a cura em si, e sim, a postura de quem recebe a cura. A sogra de Simão, ao sentir a intervenção de Deus em seu corpo, ou seja, ao sentir-se curada por Jesus, não se acomodou, ela se pôs logo a servir! É o que Jesus espera de cada um de nós, que nós estejamos sempre em movimento e nunca parados! Quando Jesus curava alguém, Ele costumava dizer: “levanta-te, vai…” No segundo momento das atividades de Jesus, vemos a cura e a libertação de muitas pessoas, que estavam em frente à casa de Simão. A multidão que acorria a Jesus, em busca de milagres, crescia dia pós dia, e se por um lado, Jesus se compadecia daquela multidão que não tinha a quem recorrer, Ele sabia também, que a sua presença não poderia limitar somente àquelas pessoas e nem permitir que elas o enxergassem como um fazedor de milagres. Como sabemos, Jesus não fora enviado ao mundo, para fazer milagres, os milagres que Ele realizava, ora era por compaixão, ora, para servir de sinais de que Ele era o Filho de Deus. O compromisso que Jesus assumira com o Pai, ia muito mais além do que realizar milagres, Jesus viera ao mundo para nos libertar da escravidão do pecado, para nos ensinar o caminho da vida, caminho este, que perpassa pela a cruz, pela prática da justiça… E no terceiro momento, vemos Jesus em oração, certamente, buscando força e discernimento no Pai, para que Ele pudesse exercer bem o seu ministério. Jesus tinha o seu lado humano e sem a força do Pai, Ele correria o risco de se deixar levar pela à vontade humana e não realizar a vontade do Pai… Enquanto Jesus rezava, Simão e seus companheiros foram até Ele e disseram-lhe: “Todos estão te procurando”. Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza. Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. Fortalecido pelo o Pai, Jesus não se deixa levar pelo o seu lado humano, pois a missão que a Ele fora confiada, deveria se estender a outros povos. Certamente, o lado emocional de Jesus, pedia para Ele ficar ali, junto daquelas pessoas que já se tornara íntimas Dele, mas a missão exigida pelo o Pai, falou mais alto, afinal, outros povos também necessitavam de sua presença. Façamos como Jesus, busquemos força e discernimento no Pai, para que possamos tomar decisões certas, decisões dentro do plano de Deus, dando assim, continuidade a nossa missão. Estejamos certos: a oração, é o melhor caminho para o discernimento…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho