Por Olívia Coutinho
Maio, o mês que nos fala de amor, de um amor que não se mede, um amor sem limites: o AMOR DE MÃE! A canção no radio, a ave Maria na igreja, a rosa amarela no jardim, me falam de você mãe! Me trazem doces lembranças do seu sorriso bonito que me transmitia paz, do seu colo sagrado que tantas vezes me embalou, das suas mãos benditas que sempre me abençoaram… Nasci num verdadeiro ninho de amor, um ninho construído com flocos de carinho! Numa viagem no túnel do tempo, eu posso ver o cantinho de amor onde eu nasci! O pedacinho do céu onde experimentei uma vida só de amor! A casa bonita com janelas grandes! O jardim florido que quase entrava dentro de casa, a estradinha sinuosa, contornando os vales e as montanhas, onde tantas vezes, em meio a poeira vermelha, eu corria tanto, pra chegar depressa em casa e me atirar em seus braços! Guardo a lembrança, de vê-la sentada no banquinho do alpendre, ao entardecer, amamentando o filhinho mais novo e nos vendo brincar num gramado que a gente chamava de campinho! Lembro-me do meu coração partido, vendo lágrimas nos seus olhos, enquanto eu arrumava a minha mala, para as férias escolares na casa da vovó e da sua alegria, ao me ver de volta, gritando de longe pelo o seu nome: “Mãe! Cheguei!” Lembro-me ainda, do desejo que eu tinha, de parecer com você, mesmo todos dizendo que eu era a cara do papai, das vezes, que eu subia num caixotinho, só pra ficar da sua altura… Minha mãe era a minha rainha! Tudo nela, para mim, era mais belo: os cabelos pretos cacheados, a pele morena, os olhos brilhantes, o sorriso largo, a alegria, mas o que mais me encantava nela, era a grandiosidade do seu coração, um coração que só sabia amar! Mergulhada nessas doces lembranças, hoje eu vejo a importância da minha mãe na construção dos pilares que hoje me sustentam! O carinho, o castigo na hora certa, os conselhos passados com sabedoria, o incentivo, a fé, o exemplo, o amor manifestado nas mais variadas formas, até mesmo nas broncas, quando eu não me alimentava direito, quando não queria colocar a blusa de frio ou calçar os sapatos nas manhãs frias de inverno. Minha mãe me apontou o caminho da felicidade! Se tive força, ainda bem novinha, (15 anos) pra enfrentar os inúmeros desafios que encontrei pelo caminho, após sua ida para o Pai, foi porque aprendi com ela desde cedo, a confiar num Deus que é Pai, que nunca abandona um filho seu! Com a minha mãe, eu descobri uma forma muito simples de ser feliz que é: amar, amar e amar…
De Olivia Coutinho