Por Olívia Coutinho
Estamos no mês de agosto, o mês vocacional! Quem vive sua vocação, pode dizer, que encontrou sentido para a sua vida! A vocação nos direciona ao serviço, a sermos construtores de um mundo melhor, seja na família, na comunidade ou na sociedade. Quando nos colocamos a serviço da vida, já estamos respondendo a nossa vocação nos posicionando contrários a tudo que gera morte…
O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, começa dizendo, que Jesus, assim que soube da morte de João Batista, dirigiu-se para um lugar afastado, um deserto, mas assim que saiu da barca, Ele deparou com uma numerosa multidão, pessoas, que ao ficarem sabendo de que Jesus seguia naquela barca, o seguiram a pé. Cheio de compaixão, Jesus muda seu plano e passa a pregar para aquela multidão, que vinha de todos os cantos, para ouvi-lo.
Ao cair da tarde, depois de Jesus ter curado muitos doentes, os discípulos aproximam-se Dele e sugeriram para que Ele despedisse o povo afim de que eles fossem comprar alimentos nas redondezas. Jesus contesta esta sugestão dos discípulos dizendo: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Essas palavras de Jesus, assustaram os discípulos que tinham apenas cinco pães e dois peixes. Mas o que era impossível para eles, não era difícil para Jesus, que ao abençoar um pouco de pão e um pouco de peixe, fez com que o milagre da partilha acontecesse: o milagre do amor, quando todos comeram e ficaram saciados.
O texto chama a nossa atenção sobre o perigo de ficarmos somente com o lado bonito e fácil da fé, como o louvor, as celebrações Dominicais que são importantíssimos, mas não mais importantes do que estender as nossas mãos para socorrer aos tantos irmãos que sofrem, que não tem o mínimo para sua sobrevivência. Ficar somente com a imagem bonita de Jesus transfigurado e não o reconhece-lo no rosto desfigurado destes irmãos, não agrada A Deus, ignorar estes irmãos é ignorar o próprio Jesus…
Fome é uma questão emergencial, quem está com fome, não aguenta esperar por um novo emprego, pela ajuda do governo, ela precisa de alimentar naquele momento…
Além de matar a fome, é também compromisso cristão, promover o nosso irmão, motivá-lo, oferecer-lhe condições para que ele possa caminhar com suas próprias pernas, mas precisamos estar cientes: uma pessoa com o estômago vazio, não consegue sequer, ouvir a orientação de alguém. Primeiro, é preciso saciar a sua fome física, para depois orientá-lo, conscientizá-lo do seu valor, criar no seu coração, a necessidade de Deus…
Hoje, Jesus continua nos dizendo: “Dai-lhes vós mesmos de comer!” Ele nos encarrega de saciar a fome dos muitos irmãos esquecidos pelas as periferias da vida, pessoas famintas, não somente do pão material, como também, famintos de amor e de justiça… Não vamos esperar pelos os nossos governantes, afinal, assim como no tempo de Jesus, estes, não se importam com os pobres, apenas os usam para se elegerem.
Precisamos aprender a amar do jeito de Jesus, a olhar o irmão com o olhar Dele, um olhar que não apenas constate a sua necessidade, mas que nos leve a socorre-lo…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho