Por Olívia Coutinho
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, começa dizendo, que Jesus, assim que soube da morte de João Batista, dirigiu-se para um lugar afastado, mas assim que saiu da barca, Ele deparou com uma numerosa multidão, pessoas que ao ficarem sabendo de que Jesus seguia naquela barca, o seguiram a pé. Cheio de compaixão, Jesus muda seu plano e passa a pregar para aquela multidão que vinha de todos os cantos para ouvi-lo. Ao cair da tarde, depois de Jesus ter curado muitos doentes, os discípulos aproximam-se Dele e sugeriram que Ele despedisse o povo para que eles fossem comprar alimentos nas redondezas. Jesus contesta esta sugestão dos discípulos dizendo: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Essas palavras de Jesus, assustaram os discípulos que tinham apenas cinco pães e dois peixes. Mas o que era impossível para os discípulos, não era para Jesus, que ao abençoar um pouco de pão e um pouco de peixe, fez com que o milagre da partilha acontecesse: o milagre do amor, quando todos comeram e ficaram saciados. O texto chama a nossa atenção sobre o perigo de ficarmos somente com o lado bonito e fácil da fé, como o louvor, as celebrações Dominicais que são importantíssimos, mas não mais importantes do que estender as nossas mãos para socorrer aos tantos irmãos que sofrem, que não tem o mínimo para sua sobrevivência. Ficar somente com a imagem bonita de Jesus transfigurado e não o reconhece-lo no rosto desfigurado destes irmãos, não é atitude cristã, ignorá-los é é ignorar o próprio Jesus… Fome é uma questão emergencial, uma pessoa que está com fome, não aguenta esperar por um novo emprego, a ajuda do governo, ela precisa de alimentar naquele momento… Além de matar a fome, é também compromisso cristão, promover o nosso irmão, motivá-lo, oferecer-lhe condições para que ele possa caminhar com suas próprias pernas, mas precisamos estar cientes: uma pessoa com o estômago vazio, não consegue sequer, ouvir a orientação de alguém. Primeiro, precisamos saciar sua fome física, para depois orientá-lo, conscientizá-lo do seu valor, criar no seu coração, a necessidade de Deus… Hoje, Jesus continua dizendo: nos “Dai-lhes vós mesmos de comer!” Ele nos encarrega de saciar a fome dos muitos irmãos perdidos pelas as periferias da vida, pessoas famintas, não somente do pão material, como também, famintos de amor e de justiça… Não vamos esperar pelos os nossos governantes, afinal, assim como no tempo de Jesus, estes, não se importam com os pobres. Precisamos aprender a amar do jeito de Jesus, a olhar o irmão com o seu olhar, um olhar que não apenas constata sua necessidade, mas que nos leve a socorre-lo…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho