Por Olívia Coutinho
Estamos no mês de agosto, o mês vocacional! Quem vive sua vocação, pode dizer, que encontrou sentido pra sua vida! A vocação nos direciona ao serviço, a sermos construtores de um mundo melhor, seja na família, na comunidade e na sociedade. Quando nos colocamos a serviço da vida, já estamos respondendo a nossa vocação nos posicionando contrários a tudo que gera morte… O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, nos coloca na barca de Jesus, enfrentando os mesmos desafios que os primeiros discípulos enfrentaram quando tiveram, a mando de Jesus, que atravessar para a outra margem. Depois da multiplicação dos pães, Jesus mandou que os discípulos entrassem na sua barca e atravessassem para outra margem, isto é: que eles fossem ao encontro de outros povos. Podemos dizer, que Jesus, já estava preparando-os para que eles caminhassem, sem a sua presença física. Até então, os discípulos, eram totalmente dependentes de Jesus, eles não conseguiam dar um passo sem Ele, o que não poderia continuar, afinal, seriam eles, os encarregados de conduzir a sua barca, (sua Igreja) após sua volta para o Pai… Em obediência a Jesus, os discípulos, mesmo inseguros, já que iam sem a presença de Jesus, entram na barca e avançam mar adentro, em direção à outra margem. Atravessar para a outra margem, que significa, ir ao encontro de outros povos, foi o primeiro desafio que os discípulos enfrentaram e foi nesta travessia, que eles tiveram uma queda na fé, o que pode ser visto com naturalidade dentro da fragilidade humana… Assim como os pais, observam seus filhos, quando eles começam a dar seus primeiros passos, observava os discípulos de longe, percebe a dificuldade deles em concluir aquela travessia… “A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas as ondas, pois o vento era contrário.” Podemos tirar vários significados desta narrativa: os ventos contrários, o mar revolto, significam as dificuldades que a Igreja e todos os que abraçam a sua missionariedade enfrentam nas mais diversas travessias de suas vidas. Jesus, andando sobre as águas, vem nos dizer, que Ele está acima do mal, já, que o mar, era visto pelos os judeus, como o mal. O medo e o quase afundamento de Pedro, fala-nos da queda na fé, o que pode acontecer conosco também, quando não alimentamos a nossa fé no dia a dia. “Coragem!” “Sou eu.” Jesus vai em direção aos discípulos andando sobre as águas, e eles demoraram reconhecê-lo! O que às vezes, acontece conosco: nem sempre, percebermos a presença de Jesus, naqueles que Ele envia para nos socorrer. Quando Pedro recorre a Jesus: “Senhor Salva-me.” Jesus entra em sena e afasta o que para eles, era um grande perigo! Voltada a calmaria, os discípulos nem se derem conta, de que o maior perigo que eles enfrentaram, não fora de um naufrágio, e sim, dos danos que a falta de fé pode causar numa pessoa. “Homem fraco na fé porque duvidaste?” Assim como Pedro vacilou várias vezes na fé, nós também, estamos sujeitos a estes vacilo, mas o importante, é fazermos como Pedro: pedir socorro a Jesus: “Senhor, salva-me!” Este episódio chama a nossa atenção, para a essencialidade da fé, sem uma fé firme com raízes profundas, não tem como viver bem a nossa vocação, afinal, a vocação é um exercício de fé! Os discípulos, tiveram muitas dificuldades em atravessar para a outra margem, nós também, temos muitas dificuldades em atravessar os mares impetuosos do nosso interior, de saímos de nós mesmos para irmos ao encontro do outro. (outra margem). E se algum dia, formos surpreendidos pelas ondas dos mares revoltos da nossa vida, não tenhamos medo, confiemos em Jesus, Ele virá em nosso socorro, com uma diferença: hoje, Jesus vem nos socorrer, escondido no coração de alguém, às vezes até mesmo, de um desconhecido. Lembremo-nos: ora somos socorridos por alguém, ora somos socorro para alguém.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho