Por : Olívia CoutinhoRefletindo o Evangelho
Em nossa convivência diária, temos a tendência de observar os outros, mas, infelizmente, esse olhar muitas vezes se volta para os defeitos alheios. Esse hábito negativo nos impede de enxergar além das aparências, nos falta o olhar do coração, o olhar da caridade, aquele que ultrapassa os limites humanos e percebe o bem que habita no interior de cada pessoa. Enquanto nos ocupamos em julgar e apontar as falhas do outro, deixamos de olhar para dentro de nós mesmos, de reconhecer as nossas próprias falhas e nos corrigir.
O Evangelho desta terça-feira nos apresenta um episódio em que fariseus e mestres da Lei se aproximam de Jesus, não para aprender com Ele, mas para investigá-Lo. Esses opositores do projeto de Deus buscavam encontrar falhas em seus ensinamentos e questionavam se Ele estava incentivando o povo a negligenciar as leis. Para eles, Jesus representava uma ameaça, pois suas palavras atraíam cada vez mais seguidores e, além disso, seus ensinamentos não se encaixavam nos padrões religiosos já estabelecidos.
Para os fariseus, a religião se resumia a seguir tradições, normas e rituais que, por si só, não transformavam a vida do homem. Detalhes como lavar as mãos antes das refeições, os métodos corretos de purificação de utensílios e outras práticas externas, eram observados com rigor, mas sem verdadeira intenção de promover o bem. Embora algumas dessas regras tivessem valor higiênico, essa não era a preocupação central deles. Por trás de uma aparente bondade, escondia-se a dureza de seus corações, pois negligenciavam o mais importante: o cuidado e o respeito pela vida do povo.
Essa passagem nos alerta sobre o perigo de uma religiosidade superficial, que se prende a rituais vazios e normas externas sem a vivência do amor. Se estivermos apenas cumprindo obrigações sem transformar nosso interior, estaremos repetindo o erro desses fariseus
A essência da fé cristã não está em práticas exteriores, mas na vivência sincera do amor que Deus implantou no coração humano.
De nada adianta realizar atos religiosos se eles não refletem nossa verdadeira essência. Aos olhos de Deus, as práticas externas só têm valor quando expressam nossa autenticidade e nossa entrega a Ele. Caso contrário, tornam-se apenas atos vazios.
Façamos um exame de consciência: estamos vivendo uma fé autêntica ou nos prendendo a formalidades sem significado? Há coerência entre o que falamos e o que vivemos?
Lembremo-nos: podemos enganar aos homens, mas a Deus não enganamos. Ele conhece nosso interior e sabe quais são nossas intenções…
QUE DEUS O ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA – 11/02/25- Mc 7,1-13
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