Por Olívia Coutinho
As curas realizadas por Jesus, muito mais do que mudar a realidade da vida da pessoa na restauração da sua saúde, evidentemente envolve uma dimensão muito maior. Implícito está, a regeneração da vida na sua totalidade e integração a Deus. Quando o nosso coração se abre e se entrega a Deus, Ele nos permite descobertas sem fim. É a sua Graça que se deixa manifestar, somente é preciso ter um coração aberto para crer. As curas de Jesus, nos faz compreender que nossa vida pode sempre ser resinificada. O evangelho de hoje nos relata mais uma de suas curas, desta vez, a um homem surdo que falava com dificuldade. Sem distinção entre as pessoas Jesus acolhe e salva a todos, mesmo àqueles que são de fora, ou seja, àqueles que não pertencem, classificados por (pagãos). O evangelho nos diz que Jesus novamente estava a percorrer regiões estrangeiras (de fora). Assim, o seu agir é livre a ultrapassar fronteiras, bem como, a regras impostas. E a sua ação se dá de diferentes modos, em cada pessoa, na sua individualidade. Foi a circunstância descrita neste evangelho, quando ao acolher o homem que fora levado até Ele, Jesus se afasta da multidão e por meio de uma espécie de benzeção, a cura acontece. Curar é libertar; Jesus cura, libertando. Por muitos motivos o agir de Jesus era sempre discreto, além é claro, por sua característica profundamente humana; contudo, era preciso dar prosseguimento à sua missão. Todavia, o fato de vir a ser conhecido meramente como um curandeiro, operador de milagres, estaria desencontro a seu projeto. ” Ele tem feito bem todas as coisas!” O evangelho de hoje, pode nos proporcionar refletir dentro da sua mensagem, sobre a nossa incapacidade de ouvir, a não escutar o que Deus nos fala, quando Ele nos chama, o que Ele nos tem a nos dizer. ” Quem me dera que meu povo me escutasse”: É o trecho que inicia o parágrafo final do Salmo da liturgia de hoje.
Que pela abertura do nosso coração, possamos nos deixar sermos tocados pela Graça de Jesus, Nosso Deus, que está sempre disposto a nos salvar.
” Abre-te”
Amém
Reflexão de Marilene Coutinho