Por Olívia Coutinho
Estamos vivendo um período forte da liturgia da Igreja, que é o tempo da Quaresma! Tempo, que nos sugere um desaceleramento da nossa rotina, afim de que possamos ter um tempo maior para cuidar do nosso interior e assim, podermos avaliar a nossa conduta frente a Deus e aos irmãos…
É confrontando o nosso comportamento com a palavra de Deus, que vamos nos conscientizando em que ponto precisamos nos corrigir…
Nossa vida pode ser comparada com um tecido, somos nós que tecemos a nossa vida, e se quisermos ser um belo e resistente tecido, precisamos ser bem seletivos nas nossas escolhas, não nos deixar enganar pelas linhas falsas que nos são oferecidas pelas esquinas da vida. Temos que ficar atentos, pois são essas “linhas” falsas que comprometem a beleza e a resistência do nosso “tecido!” Quando optamos pelo fio da graça de Deus, que é Jesus, nos tornarmos belos interiormente, e resistente as tentações do inimigo, inimigo, muitas vezes disfarçado de amigos…
No evangelho que nos é apresentado nesta Quinta-Feira da Semana da Quaresma, vemos, que enquanto as multidões admiravam uma ação libertadora de Jesus, algumas pessoas, que não reconhecia Jesus como o Filho de Deus, chegaram ao absurdo de dizer, que era pelo o poder do mal, que Jesus fazia o bem. “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios.”
A incredulidade dessas pessoas, levaram-nas a uma blasfêmia contra o Espírito Santo. E Jesus, que gostava de aproveitar todas as oportunidades, para nos passar seus ensinamentos, aproveita este episódio, para nos advertir, quanto ao perigo da divisão. “Todo reino dividido contra si mesmo, será destruído; e cairá uma casa por cima da outra.” Certamente, essas palavras de Jesus, provocaram naquelas pessoas e hoje em alguns de nós, uma indagação: como pode, um reino dividido contra si mesmo? Como entender um absurdo desse: pessoas dizerem que Jesus expulsava demônios pelo o poder do próprio demônio?
Não somente aquelas pessoas, citados no evangelho, mas ainda hoje, existem pessoas que não crê em Jesus, que Blasfemam contra o Espírito Santo. Quem está fechado ao Espírito Santo, não reconhece Jesus como o Senhor da sua vida, não sente necessitado Dele, cometendo assim, um pecado contra o Espírito Santo, que é o pecado da negação, da recusa à graça de Deus. Não é Deus que lhe nega a graça, é ele que recusa…
O texto nos adverte sobre o perigo da divisão, o que pode acontecer na nossa família, no grupo que fazemos parte e até mesmo na Igreja.
Uma família, ou um grupo, significa um todo, e por assim ser, torna-se forte, mas se essa família ou esse grupo, se divide, as duas partes enfraquecem e ao invés de produzirem frutos juntas, passam a serem adversárias, dando brecha para o mal.
O mal e o bem confrontam dentro de nós, somos nós que escolhemos qual dos dois queremos alimentar. Quando o mal começa a ganhar força dentro de nós, é sinal de que não estamos alimentando o bem que Deus plantou no nosso coração.
O mal nunca sobreporá o bem, se estivemos embebidos no amor do Pai e ancorados pela a força do Filho…
Assim como as plantas bem adubadas, conseguem sobressaírem em meio as ervas daninhas, nós também, quando enraizados em Jesus, conseguimos crescer mesmo em meio aos adversários do projeto de Deus.
Temos ao nosso alcance um “antídoto” poderosíssimo contra todo tipo de mal, que é JESUS! Configurados em Jesus, venceremos o inimigo, por mais traiçoeiro que ele seja…
Tenhamos em mente: Tudo o que divide, separa corações e o que separa corações, descarta Deus e os irmãos…
Façamos um exame de consciência: estamos sendo elo de união no grupo em que fazemos parte, na nossa família, ou motivo de divisão?
Estamos construindo pontes para unir, ou muros para dividir?
Pensemos nisso…
aquele que nos deu a vida…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!