Por Olívia Coutinho!
Em toda sua trajetória terrena, Jesus sempre deixou transparecer a sua predileção pelos os pequenos, por aqueles que o mundo despreza, que não são somente as crianças, os pobres, os marginalizados, como também, aqueles que se fazem pequenos, que esvaziam de si mesmos para se tornarem dependentes de Deus. O profeta, Maior de todos os tempos, se fez pequeno, Jesus não tinha sequer, uma casa para morar, foi ele mesmo quem disse: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça.”Mt8,20. Jesus nasceu pobre e foi para os podres que Ele dirigiu o seu primeiro olhar, para os pastores, pessoas excluídas da sociedade, mas que se tornaram grandes, aos olhos de Deus, por serem os primeiros a anunciar o nascimento de Jesus! O evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós, começa dizendo, que os discípulos de Jesus, perguntaram a Ele: “Quem é o maior no Reino dos Céus? “Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus.” Jesus tomou uma criança como exemplo, porque a criança é símbolo de dependência, ela não sobrevive sem os cuidados de um adulto, como nós também não vivemos sem os cuidados de Deus… Ao responder aos discípulos, Jesus faz uma advertência não somente a eles, como também a nós: Se não nos esvaziarmos de nós mesmos para nos tornamos dependentes de Deus, não entraremos no Reino dos céus, porque vamos ficar na dependência do mundo e na dependência do mundo, com certeza, vamos nos perde…. É na dependência de Deus, que nos assemelhamos com uma criança e é nesta dependência, que tornamos grandes. Conhecedor do coração de cada um, Jesus censura a mania de grandeza dos discípulos, que mesmo convivendo diretamente com Ele, conhecendo o seu jeito simples de viver, eles continuavam presos à mentalidade do mundo. Na mente dos discípulos, até então, o seguimento a Jesus, traduzia em status, em realização pessoal, tanto é, que quando Jesus começou a lhes revelar o desfecho de sua trajetória terrena que culminaria com a sua morte, eles se inquietaram, discutindo entre si, qual deles seria o maior, ou seja, quem ocuparia o lugar de Jesus, após sua volta para o Pai. A grande preocupação dos discípulos, não era com a promoção da vida do outro e sim, com a promoção pessoal deles… No final do texto, Jesus recorda-nos a parábola da ovelha perdida. Esta pequena história, além de nos despertar sobre a importância de irmos ao encontro daquele que se perdeu, nos tranquiliza também, pois um dia, pode ser nós, esta ovelha perdida. A parábola da ovelha perdida vem nos dizer, que em hipótese alguma, devemos desistir do outro, o próprio Jesus diz, que o Pai acolherá com muita alegria todos os que desejam voltar ao seu convívio! Como Pai amoroso, Deus não quer perder nenhum de seus filhos, Ele está sempre de braços abertos para receber de volta, aquele que se enveredou por caminhos contrários… Para Deus, ninguém está totalmente perdido, todos os que por algum vacilo, tenham extraviado do caminho de Deus, poderá voltar, que será bem acolhido por Ele, afinal, para Deus não existe ponto final numa história de amor! A todo instante, somos chamados a construirmos um mundo melhor, a sermos mais humanos, promotores da vida, elevando aquele que o mundo rebaixa. Os pequenos são os prediletos de Deus, ser indiferente a eles, é ser indiferentes ao próprio Deus…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho