Por Olívia Coutinho
Ao longo desta nossa caminhada de preparação para a Páscoa do Senhor Jesus, vamos a cada dia, mergulhando no mistério do amor do Pai, deixando Jesus entrar na nossa vida e nos transformar por inteiros… A realização plena do homem, sempre foi a prioridade de Deus, Ele provou isso, ao investir alto no resgate deste bem que lhe é precioso, permitindo que seu Filho pagasse com a vida, o preço da nossa liberdade. Aproveitemos bem estes dias, que nos separa da grande Festa da vida, para revisar o quanto há de luz e o quanto há de sombras em nossa vida, pois ainda há tempo de eliminar as trevas que nos impede de enxergar a face humana de Jesus, estampada no rosto desfigurado de tantos irmãos perdidos pelas esq da vida. No evangelho que nos é apresentado neste Sábado da 2º Semana da Quaresma, os fariseus e mestres da lei, criticam Jesus, por Ele acolher os pecadores, como se eles também, não fossem pecadores! Em resposta a estas críticas, Jesus conta-lhes uma parábola, conhecida, como, a parábola do filho pródigo ou do Pai misericordioso… A história nos mostra com detalhes, a conduta de dois filhos e a atitude misericordiosa de um pai, diante à ingratidão do filho mais novo e a dureza de coração do filho mais velho. É interessante observarmos: o Pai, personagem principal desta parábola, não interfere na decisão do filho mais novo, quando ele decide sair de casa, tomando um rumo diferente ao do irmão mais velho. A postura deste pai, que não impediu que o seu filho fizesse a sua escolha, vem nos falar de Deus, Deus também é assim conosco, Ele não interfere nas nossas decisões, nos deixa livres para fazermos as nossas escolhas. Na parábola, fica evidente, a paciência de um pai que ama, que não desiste do filho, que espera dia pós dia, com os olhos fixos no caminho, pela a volta do filho que havia se enveredado por caminhos contrários. A repreensão, deste pai, ao filho mais velho, que sentiu enciumado em relação ao caloroso acolhimento dado pelo o pai, ao irmão mais novo que voltara para casa, depois de gastar seus bens, vem nos falar da misericórdia de Deus. Deus é assim, Ele ama a todos igualmente, sem distinção. O desejo de Jesus, ao contar esta parábola, era mostrar aos fariseus e mestres da lei e hoje a nós, a atitude de Deus, diante as nossas imperfeiçoes. O seu olhar de Pai, é um olhar de misericórdia, um olhar que vê a pessoa e não o seu pecado. Hoje, são muitos os que estão sobre a terra, mas que se sentem soterrados, pessoas que pagam um preço muito alto pelos seus erros. E quantos de nós, que dizemos seguidores de Jesus, temos a mesma atitude do filho mais velho; ao invés de acolhermos estes irmãos que deram passos falsos na vida, contribuímos para que eles se percam ainda mais, com a nossa indiferença, com o nosso preconceito, não lhe dando sequer uma chance para que ele possa se redimir. Precisamos ter um coração misericordioso, semelhante ao coração do Pai, um coração aberto para acolher aqueles que erraram, mas que querem redimir-se. Acolher estes irmãos, não significa concordar com os seus erros, e sim, acreditar que uma pessoa criada a imagem e semelhança de Deus, é merecedora de uma nova chance para refazer a sua vida. Enganamos, quando pensamos que somente aquele que se dispersou e que aos nossos olhos se afastou de Deus, são os necessitados de conversão, todos nós, necessitamos de conversão, até mesmo os que se consideram bons, como o filho mais velho da parábola! Para Deus, não existe caminho sem volta e nem ponto final para uma história de amor iniciada na criação. O amor tem uma força irresistível, é caminho que traz de volta, àquele que dispersou, sejamos, pois, a força deste amor na vida do nosso irmão, contribuindo pontes, para que ele retomar o caminho da vida…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho