Por Olívia Coutinho
O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, chama a nossa atenção sobre a importância de fazermos um exame de consciência antes de julgarmos alguém, pois às vezes, temos muito mais falhas do que ele…Jesus se encontra diante de uma mulher tida como pecadora levada até Ele, pelos os mestres da lei e os fariseus. De um lado, vemos claramente o amor misericordioso de Jesus para com uma mulher fragilizada…A narrativa destaca a atitude de Jesus, frente ao pecado e ao pecador. É interessante perceber, que Jesus não exime aquela mulher da sua culpa, afinal, o pecado tem consequências, Jesus não aceita o pecado, mas acolhe o pecador. Do outro lado, o texto mostra-nos a hipocrisia dos mestres da lei e dos fariseus que escondiam atrás de uma intolerância contra uma mulher vista por eles como pecadora, a intenção de incriminar Jesus. Para eles, qualquer decisão que Jesus tomasse em relação àquela mulher, seria um motivo para incriminá-Lo. No pensar deles, Jesus não tinha saída, pois, se Ele condenasse aquela mulher, a multidão se voltaria contra Ele, afinal, onde ficaria o amor a misericórdia tão apregoada por ele? E se Jesus a absolvesse, Ele estaria infligindo a lei de Moisés. A princípio, Jesus se mostra indiferente a tudo aquilo que fora colocado diante dele para ser julgado, mas devido ao um insistente interrogatório, Ele reage dizendo: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe a primeira pedra.” Com isto, Jesus transfere para esses seus adversários, a responsabilidade de condenar ou não, aquela mulher. “E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos;” “A começar pelos os mais velhos”: certamente, porque os mais velhos tinham mais pecados do que os mais novos…Como vemos, o mal nunca vence o bem, o mal, planejado pelos os mestres da lei e os fariseus usando uma mulher como armadilha para pegar Jesus, reverteu-se num bem para ela, pois foi o amor de Jesus, que a salvou, que a tirou de sua vida errante, que a fez refazer a sua vida! Ao ser levada para a morte, aquela mulher, intitulada como pecadora, encontra vida num encontro pessoal com Jesus, um encontro transformador, que a fez passar das trevas para a luz! Se fosse prevalecer o que Jesus havia dito aos mestres da lei, o único que poderia apedrejá-la, seria Ele, pois somente Jesus não tinha pecado! Jesus não condenou aquela mulher, pelo o contrário, a libertou da pior de todas as escravidões: a escravidão do pecado! “Ninguém a condenou?” “Eu também não te condeno. Podes ir e, de agora em diante não peques mais.”Vemos, nesta ação misericordiosa de Jesus, que não é através da intolerância, do castigo que se liberta alguém da escravidão do pecado, e sim, através do amor, o amor restaura vidas, a punição coloca medo, não leva à conversão…Jesus nos mostra, que não é através da intolerância, do castigo que se liberta alguém da escravidão do pecado, e sim, através do amor, o amor é educativo é caminho de conversão, quem recebe amor, não oferece o mal…Ao invés de olharmos o outro, com um olhar de acusação, façamos como Jesus, olhemo-lo com um olhar de profundidade, o olhar que alcança a alma que enxerga a pessoa na sua essência e não, o seu pecado…
QUE DEUS OS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho