Por Olívia Coutinho
Vivemos num mundo, em que a ambição pelo o poder leva muitas pessoas a prejudicar o outro para alcançar o seu intento. E o que é mais triste ainda, isso acontece até mesmo dentro de nossas Igrejas. Quem procede assim, reproduz o sistema injusto tão combatido por Jesus e que deveria ser combatido por todos nós, que dizemos seus seguidores. A visibilidade, um lugar de destaque é tudo que essas pessoas “vestidas” de cristãos querem. Jesus inverte a ordem da classificação feita pelo o mundo, colocando em primeiro lugar, os que não são percebidos. Estes, são aqueles que fazem a limpeza nas Igrejas, que preparam tudo para que as celebrações possam acontecer, os que visitam os doentes, que levam alimento aos famintas e assim por diante… É bom termos em mente: Quem aparece para o mundo, não é visto por Deus.
No evangelho de hoje, a mãe dos filhos de Zebedeu: Tiago e João, faz à Jesus, um pedido inusitado, um pedido, que mais parecia uma ordem: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda.” É a mãe quem faz o pedido, mas é aos filhos que Jesus dá a resposta. “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Ao que eles responderam: ” podemos.” Tiago e João, responderam que poderiam beber o cálice que Jesus iria beber, mas responderam sem entender o significado do que seria aquele Cálice. Esses dois discípulos, ainda não tinham uma consciência clara, de que para estar no reino glorioso com Jesus, primeiro, eles teriam que percorrer o mesmo caminho que Jesus percorreu: o caminho da cruz.
Certamente, não era somente Tiago e João, que postulavam um lugar de honra no Reino glorioso de Jesus, os demais discípulos, também tinham este desejo, eles ainda não conseguiam desassociar o Reino de Deus, dos reinos do mundo, continuavam presos à mentalidade do mundo. Eles ainda não haviam compreendido, que o cálice que Jesus se referia, não era um cálice de vinho propriamente dito, e sim, um cálice de sangue, símbolo do sofrimento que Jesus iria passar. Jesus aceita a resposta destes dois irmãos, porque Ele sabia, que mesmo respondendo sem entender, esses dois discípulos, mais tarde, iriam sim, beber de fato, o cálice que Ele bebeu: o cálice do sofrimento.
O texto nos convida a pautar a nossa vida, no exemplo de Jesus, o grande Missionário do Pai, que mesmo sendo Deus, se pôs a serviço de todos. “Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fl 2, 6-7).
“O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos” (Mc 10,45).
A vida de um seguidor de Jesus, deve ser marcada sim, mas não por títulos, e sim, pela a vida de humildade, pelos os serviços prestados a Deus e aos irmãos…
Descobrimos o verdadeiro sentido do nosso existir, quando tomamos gosto de nos entregar ao amor serviço, sem esperar por recompensa, afinal, não se busca recompensa daquilo que fazemos por amor! A única recompensa que devemos almejar, é a alegria de poder servir, de poder oferecer ao outro, um pouco de nós!
Perguntemos a nós mesmos: que direção estamos dando à nossa existência? Estamos de fato servindo ao Reino de Deus como Jesus nos pede?
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho