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MENSAGEM DO DIA: “…PODEIS BEBER O CÁLICE QUE EU VOU BEBER?”

por Ornan Serapião
5 minutos para ler

Por Olívia Coutinho

Vivemos numa sociedade onde a ambição pelo o poder leva muitas pessoas a prejudicar o outro para alcançar o seu objetivo. E o que é mais triste ainda: isso acontece até mesmo dentro de nossas Igrejas, pessoas diminuindo o outro para poder aparecer. Quem assim procede, reproduz o sistema injusto tão combatido por Jesus e que deveria ser combatido por todos nós. A visibilidade, um lugar de destaque é tudo que essas pessoas “vestidas” de cristãos, querem. Esse tipo de comportamento desagrada à Deus, não condiz com os ensinamentos de Jesus. Jesus inverte a ordem da classificação feita pelo o mundo, colocando em primeiro lugar os que não são percebidos, como aqueles que fazem a limpeza da Igreja, que preparam tudo para que as celebrações possam acontecer, os que visitam os enfermos, que levam a comunhão para eles, os que levam alimento aos famintas e assim por diante… É bom termos em mente: Quem aparece para o mundo, não é visto por Deus! O evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós, começa dizendo que enquanto Jesus subia para Jerusalém, Ele ia revelando aos discípulos tudo o que estava por vir: “Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue ao sumos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte e os entregarão aos pagãos para zombarem dele, para flagela-lo e crucifica-lo. Mas no terceiro dia ele ressuscitará.” Enquanto Jesus revela algo tão triste que estava para acontecer com Ele, Tiago e João sonham com o poder e honrarias. Vislumbrados com essa possibilidade, eles nem se sensibilizam mediante as revelações de Jesus. A mãe destes dois discípulos que também caminhava com eles, percebe, que aquele momento seria oportuno para garantir um lugar privilegiado para seus filhos. Equivocada, ela pede a Jesus: “Manda que estes meus dois filhos, (Tiago e João) se sentem no teu Reino, um a tua direita e o outro à tua esquerda.” É a mãe quem faz o pedido, mas é aos filhos, que Jesus dá a resposta, uma resposta, que valeria também, para os demais discípulos, pois eles, assim como Tiago e João, no fundo no fundo, também almejavam lugares de destaque no Reino glorioso de Jesus, um reino, que eles ainda não conseguiam desassociar dos reinos do mundo. Jesus responde aquele pedido com outra pergunta: “Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” “Eles responderam: podemos. Certamente, Tiago e João, responderam sem entender, que o cálice que Jesus se referia, não se tratava de um cálice de vinho em si, e sim, de um cálice de sangue, símbolo do sofrimento que Ele haveria de passar antes de chegar à sua glória. Até então, não somente Tiago e João, como os demais discípulos, não tinham uma consciência clara de que para estar na glória com Jesus, era preciso que eles percorressem o mesmo caminho que Jesus percorreria, o caminho que o levaria cruz. Jesus aceita a resposta destes dois irmãos, porque Ele sabia, que mesmo respondendo sem entender, eles, mais tarde, iriam beber de fato, do cálice que Ele bebeu, o cálice do sofrimento, o que aconteceu tempos depois. Tiago, foi o primeiro dos apóstolos a se tornar mártires (At12) o que aconteceu depois com João, os dois, deram a vida pela causa de Jesus… Ao contrário dos filhos de Zebedeu, Tiago e João, devemos assumir a nossa missão sem nenhuma exigência, sem querer algo em troca. A nossa missão, deve se desenvolver dentro do Espírito de humildade e gratuidade, o próprio Jesus já nos deu um grande exemplo de humildade, ao lavar os pés dos apóstolos, inclusive os pés do seu traidor. O texto nos convida a pautar a nossa vida, no exemplo de Jesus, o grande Missionário do Pai, que mesmo sendo Deus, se pôs a serviço de todos! “Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fl 2, 6-7). “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos” (Mc 10,45). A vida de um seguidor de Jesus deve ser marcada sim, mas não por títulos, e sim, pelo o seu amor a Jesus transformado em serviço. Façamos um questionamento a nós mesmos: que direção estamos dando a nossa existência? Estamos de fato servindo ao Reino Deus, ou estamos querendo nos servir dele para nos promover?

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho

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