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MENSAGEM DO DIA > “OS CONVIDADOS DE UM CASAMENTO PODERIAM, POR ACASO, FAZER JEJUM, ENQUANTO O NOIVO ESTÁ COM ELES?”

por Ornan Serapião
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Por Olívia Coutinho
A proposta de vida nova, trazida por Jesus, era um sopro de esperança para os humildes e marginalizados, mas uma pedra de tropeço para os líderes religiosos daquela época. Fariseus e mestres da lei, apegados às suas tradições e poder, sentiam-se ameaçados pela crescente adesão do povo ao ensinamento libertador de Jesus, que rompia com práticas religiosas meramente externas e apontava para o essencial: um coração transformado e voltado para Deus.
No Evangelho de hoje, vemos essas autoridades religiosas questionando Jesus sobre o fato de seus discípulos não jejuarem como faziam os discípulos de João Batista e os fariseus. Para eles, o jejum era um pilar de piedade e uma prática indispensável. Contudo, Jesus, com sua sabedoria divina, responde com uma pergunta retórica: “Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum enquanto o noivo está com eles?” Com essas palavras, Jesus não apenas defende seus discípulos, mas também revela o sentido mais profundo de sua presença no meio do povo. Ele é o noivo, e sua vinda é motivo de festa, de celebração. Na presença de Jesus, os discípulos não precisavam jejuar, pois estavam vivendo o tempo da plenitude. O jejum, como sinal de espera e preparação, faria sentido sim, mas na ausência do noivo, ou seja, durante sua Paixão e morte.
É bom conscientizarmos: Jesus não descarta a importância do jejum, mas o coloca em perspectiva: ele deve ser vivido com um sentido profundo e no momento adequado. Mais do que cumprir preceitos, é necessário compreender o significado de cada prática religiosa. E para ilustrar o que Ele diz, Jesus utiliza duas metáforas poderosas: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha” e “Ninguém coloca vinho novo em odres velhos”. Jesus enfatiza que a sua missão não é apenas ajustar ou adaptar os antigos modos de vida religiosa, mas transformar completamente a relação entre Deus e a humanidade. Essa transformação exige receptividade, renovação de coração e mente, e uma disposição para deixar para trás o que é incompatível com o novo.
A vinda de Jesus inaugura uma nova aliança, em que a vida e o amor estão acima de toda lei. Ele não veio para abolir, mas para levar à plenitude o que era incompleto. Portanto, misturar o velho com o novo é resistir à transformação que Ele nos propõe, é não abraçar a Boa Nova com totalidade.
Somos convidados, hoje, a refletir sobre nossas próprias atitudes. Estamos abertos à novidade de Jesus, ou nos apegamos a práticas e mentalidades antigas que já não refletem o amor e a misericórdia de Deus? Jesus nos chama a sermos inteiros em nosso seguimento a Ele, sem meio-termo ou reservas.
Aceitar a novidade de Jesus exige coragem para romper com o que não edifica mais, permitindo que o “vinho novo” da graça de Deus transforme nossa vida por completo.
Que possamos experimentar o vinho novo do Reino, permitindo que nossa vida seja renovada pela presença viva de Jesus em nosso meio. Ele é o tesouro que transforma, o noivo que traz alegria plena, a novidade que dá sentido à nossa existência.
QUE DEUS O ABENÇÕE
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho

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