Por Olívia Coutinho
Entramos hoje, no terceiro dia da Quaresma, dando continuidade à nossa caminhada rumo a Páscoa do Senhor Jesus! E para que esta nossa caminhada, seja bastante proveitosa, precisamos dedicar mais tempo para a escuta e a meditação da palavra de Deus, pois só assim, estaremos inteirados do seu querer, prontos para realizar a sua vontade… No Evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós, os discípulos de João, perguntaram a Jesus: Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?” (Não confundamos o sentido desta pergunta feita pelos os discípulas de João, com as perguntas maliciosas feitas pelos os fariseus, que tinham o objetivo de provocar Jesus.) Jesus responde aos discípulos de João: Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Com estas palavras, Jesus não retirou a importância do jejum, Ele quis apenas dizer, que estando na presença Dele, não faria sentido os seus discípulos jejuarem… Os discípulos de João e os fariseus, tinham um conceito sobre o jejum nada transformador, eram privações, que nada contribuíam para uma mudança de vida, pois se tratava de preceitos, que eles tinham a obrigação de cumprirem… O jejum, é uma forma de nos privar de algo que gostamos de comer ou de fazer, no qual nos unimos ao sofrimento de Jesus na cruz. E é também, um gesto de amor fraterno no sentido de que nos façamos solidários com aqueles irmãos que já fazem um jejum forçado, que é a privação do seu direito a alimentação básica como nos fala a campanha da fraternidade: “Dai-lhes vós mesmos de comer.” Mt14,16. Para entender o que é a fome, deviríamos nos privar do alimento por um dia, ou algumas horas. E para que este jejum, tenha mais valor diante de Deus, deveríamos doar o alimento que deixaríamos de consumir ao nosso irmão que já faz um “jejum” contínuo… “Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão”. E estes dias já chegaram para nós, não, que Jesus tenha sido tirado de nós, pois está sempre conosco em Espírito, mas pelo o fato de estarmos oferecendo “sacrifícios” ou seja, a privação de algo que gostamos, por algum intensão, principalmente pela a nossa conversão… Mas é bom ressaltarmos: só Deus precisa saber do nosso jejum. Não precisamos mostrar a ninguém que estamos jejuando, o verdadeiro jejum é aquele que fazemos as escondidas, para que somente Deus veja… Abramos mão de certos prazeres, de algo de comer, ou até oferecendo as nossas dores, os nossos sofrimentos à Deus, na certeza, de que tudo retornará em bênçãos para nós…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho.