Por Olívia Coutinho
Meu irmão e minha irmã: entramos hoje no terceiro dia da Quaresma, iniciando a nossa caminhada rumo a Páscoa do Senhor Jesus! E para que esta nossa caminhada, seja de fato, frutuosa, precisamos nos dedicar mais a escuta e a meditação da palavra de Deus, pois assim, estaremos totalmente inteirados do querer do Pai, prontos para fazer a sua vontade…
No Evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, os discípulos de João, perguntam a Jesus: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?” (Não confundamos o sentido desta pergunta feita pelos discípulas de João, com as perguntas feitas pelos os fariseus, que que tinham unicamente o objetivo de provocar Jesus.)
Jesus responde: ‘Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles?” Com estas palavras, Jesus não retirou a importância do jejum, Ele quis apenas dizer, que estando na presença Dele, não faria sentido os seus discípulos jejuarem…
Os discípulos de João e os fariseus, tinham um conceito sobre o jejum, nada transformador, eram privações, que nada contribuíam para uma mudança de vida eram simplesmente preceitos, que eles tinham obrigação de cumprirem…
O jejum, é uma forma de fazer penitencia, no qual nos unimos ao sofrimento de Jesus na cruz e é também, um gesto de amor fraterno no sentido de que nos façamos solidários com aqueles irmãos que já fazem um jejum forçado, que é a privação do seu direito à vida… Para entender o que é a fome, deviríamos nos privar do alimento por um dia, ou algumas horas. E para que este jejum, tenha mais valor ainda, diante de Deus, deveríamos doar o alimento que deixaríamos de consumir durante o nosso jejum, ao nosso irmão que faz um “jejum” contínuo…
Chegaria o dia em que Jesus não estaria mais com eles. E aí sim, eles jejuariam.
E esse dia chegou para nós, não, que Jesus não esteja conosco, Ele está sempre conosco, mas porque temos muitos motivos para fazermos penitencias nos dias de hoje. A Quaresma é um tempo oportuno para oferecermos “sacrifícios” ou a privação de algo que gostamos, por alguma intensão… Mas é bom termos em mente: só Deus precisa saber do nosso jejum. Não precisamos mostrar a ninguém que estamos jejuando, o verdadeiro jejum é aquele que fazemos as escondidas, para que somente Deus veja…
Abramos mão de certos prazeres, de algo de comer, ou até oferecendo as nossas dores, os nossos sofrimentos a Deus, com certeza, tudo isso retornará em bênçãos para nós…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!