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MENSAGEM DO DIA > “O QUE QUERES QUE EU FAÇA POR TI?”

por Ornan Serapião
3 minutos para ler

Por Olívia Coutinho
O Evangelho de hoje nos apresenta um dos mais belos exemplos de fé e da compaixão de Jesus. Ao aproximar-se de Jericó, Jesus é interpelado por um clamor que ecoa acima do burburinho da multidão: o grito de um cego à margem do caminho. Este homem, conhecido como o cego de Jericó, representa tantos que, mesmo em meio à limitação física, conseguem enxergar espiritualmente o que muitos olhos saudáveis não percebem: a presença salvadora de Jesus.
Enquanto a multidão seguia Jesus em sua caminhada para Jerusalém, o cego, privado da visão física, percebe algo muito mais profundo: o movimento de Deus em sua vida. Seu grito de fé: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” não apenas revela sua confiança em Jesus, mas também desafia o comodismo dos discípulos, que tentavam silenciá-lo. Esse contraste é um convite para refletirmos: quantas vezes, em nossa caminhada, limitamos o acesso dos outros à graça, julgando quem é digno de ser atendido por Jesus?
O gesto do cego, que larga seu único bem, o manto, para ir ao encontro de Jesus, nos ensina o que significa confiar plenamente no Senhor. Ele não hesita, não duvida, não negocia. Sua resposta ao chamado de Jesus é imediata, total e cheia de fé. A pergunta de Jesus, “O que queres que eu faça por ti?”, revela não apenas a atenção de Deus às nossas necessidades, mas também a liberdade que Ele nos dá para expressarmos nossos desejos mais profundos. A resposta do cego é direta e cheia de esperança: “Senhor, eu quero enxergar de novo!”
Jesus, com sua resposta de amor, devolve-lhe a visão e mais do que isso: transforma sua vida. Aquele homem não apenas recupera a visão física, mas é também curado espiritualmente. Ele escolhe seguir Jesus pelo caminho, tornando-se um modelo de discipulado. Não volta para uma vida cômoda ou individualista, mas assume a missão de caminhar com o Mestre.
Este relato nos provoca a refletir sobre como enxergamos os que estão “à margem do caminho” em nossa sociedade. Vivemos numa cultura marcada pelo aceleramento e pela indiferença, onde os clamores dos mais vulneráveis muitas vezes são abafados pelo egoísmo e pela distração. Quantas vezes ignoramos os gritos de socorro que surgem das periferias da vida, fingindo não ver para não nos comprometermos?
Como seguidores de Cristo, somos chamados a ter os ouvidos atentos e o coração disponível, a exemplo de Jesus. Não podemos cair na tentação de ser como os discípulos que tentavam calar o cego. Precisamos ser instrumentos que encorajam e aproximam os necessitados de Cristo. Ser indiferente ao sofrimento do outro é, na verdade, ser indiferente ao próprio Jesus, que se identifica com os pobres, os marginalizados e os esquecidos.
Que a cura do cego de Jericó inspire em nós uma visão renovada e uma fé viva, capaz de transformar nossas atitudes e nos impulsionar a seguir Jesus com generosidade e compaixão. Que saibamos ouvir os clamores ao nosso redor e responder, como Jesus, com amor e ação concreta.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho

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