Por Olívia Coutinho
Olhando para estas duas realidades: vida e morte, podemos dizer, que é contemplando a Igreja celeste, que vivemos com alegria, a Igreja terrestre!
A liturgia destes dois primeiros dias do mês de novembro, nos convida a uma reflexão mais profunda sobre o verdadeiro sentido da nossa vida, o para quê, viemos ao mundo. “Viemos do Pai e para o Pai retornarem.” Esta certeza, deve nos alegrar, nos trazer esperança, pois é a certeza de que a nossa vida tem sentido e que por ser, de origem divina, ela não termina com a nossa morte corporal. O dia de hoje, não deve ser vivido com tristeza e sim, com alegria, pois pela fé, acreditamos que nossos entes queridos, vivem uma vida em plenitude junto do Pai… A palavra de Deus, que chega até a nós, no evangelho de hoje, chama a nossa atenção, quanto à consciência que devemos ter do nosso tempo de vida terrena, esse nosso tempo presente, deve ser um tempo útil à nossa caminhada rumo à eternidade. É importante aproveitarmos bem este tempo, pois ele é o único espaço sagrado que Deus nos concede, para buscarmos em Jesus, o nosso encontro definitivo com Ele! É no nosso peregrinar terreno, que vamos construindo, com as nossas atitudes, a nossa morada no céu. O texto vem nos acordar para uma realidade que não gostamos de lembrar: a certeza do findar dessa nossa vida terrena. Quanto ao dia e hora da nossa passagem, desta vida para a outra, não sabemos, Jesus só nos deixou uma pista: pode acontecer a qualquer momento, de modo inesperado, o que pode nos deixar apreensivos. No entanto, para quem vive dentro do plano de Deus, o dia e a hora da nossa volta para o Pai, não importa, o que importa mesmo, é estar o tempo todo em sintonia com Deus, ciente de que há uma vida melhor por vir, uma vida em plenitude que é a vida eterna! Jesus nos alerta sobre a importância de estarmos vigilantes o tempo todo, o que não significa ficar parado esperando a morte chegar, pelo o contrário, devemos esperar pela segunda vinda de Jesus, no exercício da nossa missão, onde fomos plantados por Deus para produzir frutos… “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.” No contexto do tempo de Jesus, estar com os rins cingidos, significava colocar sobre as vestes largas, um cinto ou uma corda na cintura, para facilitar os movimentos do corpo, o que favoreceria a agilidade no trabalho. Rins cingidos, lembra serviço, foi o que o próprio Jesus fez, Ele cingiu-se para lavar os pés dos apóstolos, numa atitude de humildade e de serviço. Manter as lâmpadas acesas, fala de vigilância, uma vigilância contínua, dia e noite… O desafio de quem busca a eternidade, é não desanimar e nem se isolar, é servindo a Deus, na pessoa do irmão, é partilhando a vida, que estaremos nos preparando para o nosso encontro definitivo com o Pai…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho