Por Olívia Coutinho
Estamos no início da Semana Santa! Para nós, cristãos católicos, a semana Santa é um tempo de profunda reflexão, quando acompanhamos liturgicamente os últimos passos de Jesus aqui na terra, a sua Paixão e Morte, um sofrimento, que graças a bondade do Pai, teve um desfecho feliz, que é a ressurreição de Jesus!
A liturgia deste tempo, nos convida a mergulharmos no mistério do amor do Pai, bebendo da água viva que jorra constantemente do coração misericordioso de Jesus.
O caminho que percorremos durante estes dias de preparação para a Páscoa, nos aproximou mais de Deus, nos trouxe a certeza de que não precisamos buscar longe, o que já temos dentro de nós.
O Evangelho desta Segunda-feira Santa, nos conduz a Betânia, casa de acolhimento, amizade e afeto. Ali, seis dias antes da Páscoa, Jesus partilha um jantar com Marta, Maria e Lázaro o amigo que Ele havia chamado da morte para a vida. Este jantar é carregado de simbolismos: para Jesus, um gesto de despedida silenciosa; para os amigos, uma celebração de gratidão pela ressurreição de Lázro.
Em meio a essa atmosfera de amor e reverência, Maria, realiza um gesto profundamente profético, ela unge os pés de Jesus com um perfume raríssimo e caríssimo, e os enxuga com os seus cabelos. Um gesto que ultrapassa a lógica humana e mergulha na linguagem do coração. Maria oferece a Jesus o que ela tinha de mais precioso, não apenas o perfume, mas a si própria. Ela se dobra aos pés do Mestre, em sinal de adoração, humildade e entrega total.
Enquanto Maria exala amor, Judas exala cálculo. Seu coração fechado não compreende aquele gesto gratuito da entrega. Envolto em interesses egoístas, ele questiona, disfarçando com uma falsa preocupação com os pobres. Mas o próprio Evangelista desvela sua verdadeira intenção: Judas era ladrão. O contraste entre Maria e Judas é o contraste entre o amor puro e o coração endurecido, entre a generosidade e o egoísmo.
Jesus defende o gesto de Maria: “Deixa-a. Ela fez isso em vista da minha sepultura.” Mais que os discípulos, Maria, irmã de Marta e Lázaro, intuiu com o coração, o que estava por vir. Seu gesto antecipa o que poucos estavam dispostos a aceitar: que Jesus caminhava para a morte.
A unção de Maria nos convida a oferecer também nós, colocando tudo o que temos e somos aos pés do Senhor. O verdadeiro amor é sempre generoso, gratuito e ousado. Quem ama, não calcula, não mede esforços, deseja simplesmente entregar-se.
Não podemos separar a ressureição de Jesus da sua paixão e morte, é contemplando a cruz de Jesus, que vivenciamos com maior intensidade os frutos da sua ressurreição.
A fé cristã não é um caminho de flores, mas uma travessia pascal: é passar da morte para a vida, das trevas para a luz..
QUE DEUS TE ABENÇOE!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
MENSAGEM DO DIA > “MARIA UNGIU OS PÉS DE JESUS E ENXUGOU-OS COM SEUS CABELOS…”
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