Por Olívia Coutinho
O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, nos coloca às margens do mar de Tiberíades, local, onde se deu a terceira aparição de Jesus, segundo o evangelho de João. A narrativa nos leva a crer, que mesmo depois de dois encontros com Jesus ressuscitado, de receber instruções Dele, o grupo dos discípulos, ainda não conseguiam dar passos na evangelização sem a presença física de Jesus, eles pareciam como que perdidos, sem saber por onde começar a missão que a eles fora confiada. Talvez, a fraqueza na fé, os fizera retroceder. Por um momento, o grupo, seguindo a iniciativa de Pedro, que diz: “eu vou Pescar,” abandona a “barca de Jesus,” isto é: abandonam a missão de pescadores de homens e voltam à profissão de antes: pescadores de peixes. Deste texto, cheio de simbolismo, podemos tirar várias lições, mensagens que poderão nos ajudar muito, na nossa caminhada de fé. O mar de Tiberíades significa o mundo, ou seja, o campo de trabalho onde somos chamados a atuar. O número grande de peixes (153) significa a grande quantidade de pessoas a serem “pescadas”, ou seja, a quantidade de pessoas a serem atraídas para o Reino de Deus! O insucesso da pesca, vem nos alertar sobre o perigo da autossuficiência, de falarmos por nós mesmos e não estarmos em sintonia com Jesus no exercício da nossa missão. E a pesca abundante, vem nos falar da importância da nossa obediência a Deus. Os discípulos, só tiveram sucesso na pesca, porque foram obedientes à Jesus, ao que Ele disse: “Lançai a rede à direita da barca e achareis.” A partir do mar de Tiberíades, abriram-se as cortinas para um tempo novo, sinalizando os primeiros passos da Igreja, de uma Igreja missionária, fundamentada no amor de Cristo que através do testemunho dos apóstolos, tornou Jesus conhecido em todos os rincões da terra. Depois da pesca milagrosa, os discípulos entraram de vez, na “Barca” de Jesus. Foi através deles, que o anuncio do Reino se espalhou por todo o universo como fagulhas de fogo incendiando o coração da humanidade com a presença do Cristo Ressuscitado, replantando em muitos corações, a semente do amor. A todo instante, Jesus se faz conhecer, através de pequenos sinais, sinais estes, que muitas vezes não captamos, por estarmos enfraquecidos na fé. Enfraquecidos na fé, não buscamos Jesus, sendo que, o que Ele mais deseja, é de ser encontrado por nós… Quando sentimos o horizonte da fé, fugir de nós, o desanimo nos paralisar, é sinal de que não estamos reconhecendo a presença de Jesus em nossa vida. Jesus é o nosso horizonte, é Ele que nos indica o local onde devemos atuar, onde devemos lançar as suas “redes…” Por mais difícil que seja a realidade em que estejamos vivendo, ainda assim, podemos dar testemunho da ressurreição de Jesus, não com provas históricas, e sim, com o nosso modo de viver, que deve ser coerente com o evangelho… A ressurreição de Jesus, marcou o início da sua presença definitiva no meio de nós! É a fé no Ressuscitado, que reacende em nossos corações, a chama da esperança, com Ele, avançamos sem medo, na missão…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho