A todo instante, Jesus se faz conhecer, através de pequenos sinais, sinais, que muitas vezes, não enxergamos, por estarmos com os olhos vendados pela a falta de fé. Enfraquecidos na fé, não buscamos Jesus, sendo que, o que Ele mais quer, é de ser encontrado por nós. Por mais difícil que seja a realidade em que estejamos vivendo como este tempo de pandemia, ainda assim, podemos testemunhar a ressurreição de Jesus, não, com provas históricas, e sim, com o nosso testemunho de vida, com a força da nossa superação… A ressurreição de Jesus marcou o início da sua presença definitiva no meio de nós, o que nos dá força para sairmos das situações adversas. A fé no Cristo ressuscitado nos devolve a alegria de viver, reacende em nossos corações a chama da esperança, coloca brilho no nosso olhar… O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, nos coloca diante o mar de Tiberíades, local, onde se deu a terceira aparição de Jesus, segundo o evangelho de João. A narrativa nos leva a crer, que mesmo depois de dois encontros com Jesus ressuscitado, de receber as instruções Dele, os discípulos ainda não conseguiam dar passos na evangelização. Sem a presença física de Jesus, eles, pareciam um tanto perdidos, sem saber por onde começar a missão que a eles fora confiada! Talvez, a fraqueza na fé, os fizera retroceder, voltar à profissão de antes. Por um momento, o grupo, seguindo a iniciativa de Pedro (” Eu vou Pescar”) abandona o barco de Jesus, isto é, abandonam a missão de pescadores de homens, e voltam à profissão de antes: pescadores de peixes. Deste texto, cheio de simbolismo, podemos tirar várias lições, mensagens que poderão nos ajudar muito na nossa caminhada de fé! O mar de Tiberíades significa o mundo, ou seja, o campo de trabalho onde somos chamados a atuar. O número grande de peixes (153) significa a grande quantidade de pessoas a serem “pescadas”, ou seja, a quantidade de pessoas a serem atraídas para o Reino de Deus! O insucesso da pesca vem nos alertar sobre o perigo da autossuficiência, de falarmos por nós mesmos, de não estarmos unidos a Jesus no exercício da nossa missão. E a pesca abundante, fala-nos da importância da nossa obediência a Deus. Os discípulos, só tiveram sucesso na pesca, porque foram obedientes à Jesus, ao que Ele disse: “Lançai a rede à direita da barca e achareis.” A partir do mar de Tiberíades, abriram-se as cortinas de uma nova era, sinalizando os primeiros passos da igreja missionária, uma Igreja fundamentada no amor de Cristo, que através do testemunho dos apóstolos, tornou Jesus conhecido em todos os rincões da terra! Depois da pesca milagrosa, os discípulos entraram de vez, na “Barca” de Jesus, foi através deles, que o anuncio do Reino se espalhou por todo o universo como fagulhas de fogo incendiando o coração da humanidade com a presença do Cristo Ressuscitado, tirando uma multidão da solidão das trevas, replantando em cada coração, a semente da fé. Quando sentimos que o horizonte da fé, está fugindo de nós, é sinal de que não estamos reconhecendo a presença de Jesus ressuscitado junto de nós. Jesus Ressuscitado, é o horizonte que se abre para nós, é Ele quem nos indica o local onde devemos lançar as nossas redes que são as suas palavras.
FIQUEMOS NA PAZ DE JESUS!
Por Olívia Coutinho, Administradora do grupo Refletindo o Evangelho