Como no tempo em que Jesus caminhou por este chão, ainda hoje, existem muitas pessoas desprovidas do mínimo para sua sobrevivência. A pobreza, em todos os seus âmbitos, tem que ser combatida na raiz, e todos nós sabemos que a sua causa, está na falta de justiça, na má distribuição de renda. O assistencialismo não ajuda, pelo o contrário, não promove as pessoas, só alimenta este estado de carência e de pobreza. No projeto de Deus, não cabe esta forma de alienar as pessoas, deixando-as na mão de quem os ajuda com segundas intenções. Deus é o Senhor da vida, Ele quer que seus filhos tenham vida digna, que caminhem com suas próprias pernas! Como seguidores de Jesus, temos que combater as estruturas geradoras de excluídos, estruturas contrárias à vida que impede as pessoas de serem sujeitas da sua própria história. Numa sociedade conscientizada de seus direitos e deveres, a justiça prevaleça e todos tem vida digna. O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, começa falando que Jesus se retirou para a beira do mar juntamente com os seus discípulos. Certamente, Ele necessitava de uma pausa restauradora, afinal, Ele vivia cercado por multidões, e sendo um ser humano como nós, também sentia cansaço. Depois de ter sido expulso de Nazaré, Jesus deixou as sinagogas, para pregar a céu aberto, nas praias, nas estradas, nas praças e com isso ia aumentando cada vez mais a sua popularidade. A fama de Jesus crescia dia pós dia, o que por um lado, não o agradava, pois Ele sabia, que muitos que acorriam a Ele, o faziam em busca de milagres e não para ouvir a sua proposta. Se por um lado, Jesus ficava feliz em libertar as pessoas de seus males, Ele sentia dificuldades para exercer o seu ministério como determinara o Pai. Jesus não queria ser visto como fazedor de milagres, Ele pedia a todos para não divulgar as suas ações, pois a sua missão, ia muito mais além do que fazer milagres. Jesus não viera ao mundo com a finalidade de resolver os nossos problemas pessoais, Jesus foi enviado pelo o Pai, para nos libertar da escravidão do pecado, nos ensinar o caminho da vida, que é o caminho do amor, caminho este, que perpassa pela prática da justiça. Os milagres que Jesus realizava, Ele os realizava, ora, por compaixão, ora para servir de sinais de que Ele era realmente o enviado de Deus.“Então Jesus pediu aos discípulos que providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse.” De dentro desta Barca, sem o contato físico da multidão que o comprimia, Jesus poderia, falar, passar para o povo importantíssimos ensinamentos, instruções, que se vividas, poderiam ajudar o povo a sair de situações tão difíceis. E assim, Ele fez; de dentro da Barca, Jesus pôde passar muitos ensinamentos para aquela multidão, ensinamentos, que graças ao testemunho dos seus discípulos, chegaram até a nós. . Deus não enviou Jesus ao mundo para nos oferecer uma vida fácil, Jesus veio nos propor uma vida nova, uma vida fundamentada no amor, e se o amor falar forte ao nosso coração, com certeza teremos condições para superar, em Jesus, todos os desafios…
FIQUEMOS NA PAZ DE JESUS!
Por Olívia Coutinho