“Em meio a tanta inversão de valores, o homem vai distanciando de sua verdadeira origem, origem de filho e de filha de Deus. Muitos, não querendo enxergar a verdade que liberta para não terem que mudar de vida, criam suas próprias verdades, interpretam a palavra de Deus do jeito que lhes convém… O testemunho de quem conhece e vive a verdade, chega a incomodar quem não quer enxergar a verdade, quem nega ter Jesus como centralidade de sua vida. É daí que vão surgindo as divisões entre as pessoas, até mesmo na família, uns aceitam a proposta de Jesus e se propõe a segui-lo, outros, fazem opção pelas as propostas do mundo. O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, começa dizendo que alguns Mestres da lei, que haviam vindos de Jerusalém, com o único objetivo de investigar Jesus, disseram que Ele estava possuído por Beelzebu, isto é, que Jesus expulsava os demônios pelo poder do próprio demônio. Eles faziam isso, na tentativa de desmascarar Jesus diante o povo. Mesmo testemunhando os milagres realizados por Jesus, essas autoridades, se recusavam, em enxergar a verdade tão clara diante de seus olhos. Dizer que Jesus estava possuído pelo o poder do mal, foi uma ofensa gravíssima a Deus, uma blasfêmia contra o Espírito Santo, o pecado da negação, isto é: negar a divindade de Jesus. O pecado contra o Espírito Santo, é o fechamento do coração à graça de Deus. Não é Deus quem nega o perdão, é a pessoa que o recusa, portanto é um pecado sem perdão, afinal, a graça de Deus não entra num coração fechado. Os mestres da lei, estavam decididos a provocar algum motivo para incriminar Jesus, por não aceitarem um Messias que se misturava com os pobres, os excluídos da sociedade. Eles esperavam pelo o Messias, mas um Messias com poderes políticos que os libertasse da dominação do império romano. Ao perceberem, que Jesus ia ganhando cada vez mais a confiança do povo, eles passaram a enxerga-lo como uma ameaça. Anunciando a verdade que liberta, Jesus passou a incomodá-los, pois eles se beneficiavam da mentira. A partir do momento, em que Jesus expulsou um espírito impuro, que dominava um homem numa sinagoga, eles se empenharam em difamar Jesus, com o objetivo de colocar o povo contra Ele. O texto chama a nossa atenção sobre a importância de reconhecermos em todas as ações vivificantes, a presença de Deus! Toda ação de bondade, é obra de Deus, independente de quem as realiza. Para termos um olhar profundo diante os fatos, precisamos estar abertos ao Espírito Santo, pois é o Espírito Santo que nos faz diferenciar o que é de Deus daquilo que não é de Deus.Fechados a ação do Espírito Santo, como os mestres da lei, não enxergamos a presença de Deus nas pessoas, nos acontecimentos, e assim vamos deixando nos contaminar pela insensibilidade dos que não querem crer. A todo instante, Jesus nos chama à conversão, para atendermos este seu apelo, precisamos estar abertos a ação do Espírito Santo, é o Espírito Santo que fala à nossa consciência, que nos leva ao arrependimento. Se não nos abrimos ao Espírito Santo, vamos perdendo a noção até mesmos, do que é pecado, e assim, não buscamos a conversão por acharmos não necessitados dela. Jesus venceu o mal, nós também, se ligados a Ele, haveremos de vencê-lo.
FIQUEMOS NA PAZ DE JESUS!
Por Olívia Coutinho