Por Olívia Coutinho
Com a Quarta-Feira de cinzas, iniciamos o tempo Quaresmal, um tempo propício para fazemos uma revisão de vida, confrontar o nosso comportamento com a palavra de Deus e a partir daí, nos corrigir, ajustando nossos passos, nos passos de Jesus… Entramos num tempo de profunda espiritualidade, um tempo, que não deve ser refletido como algo do passado e sim, do presente, pois são muitos os irmãos e irmãs que continuam fazendo a mesma caminhada de Jesus rumo ao calvário, pessoas que carregam pesadas cruzes colocadas em seus ombros pelos os continuadores dos torturadores de Jesus… O rito da imposição das cinzas, na celebração de hoje, nos faz reconhecer a nossa pequenez, o quanto somos pecadores necessitados da misericórdia de Deus. Comecemos hoje, uma caminhada de aprendizado, de correção, rumo a Páscoa do Senhor Jesus, coração do ano Litúrgico. E para que possamos chegar à Páscoa, com o coração limpo, renovado, precisamos nos libertar de tudo o que nos distancia de Deus, que leva a pecar, como a vaidade, o egoísmo, a ganancia o apego… Precisamos reaver os valores que vamos deixando de lado, por estarmos iludidos com as coisas do mundo… Todas as práticas que a Igreja nos recomenda durante este tempo, como a oração, o jejum e a esmola, tem como propósito, nos levar a conversão, a reconciliação conosco, com Deus e com os irmãos. O Evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, nos alerta sobre o perigo que corremos, de cairmos na hipocrisia de praticar boas obras somente para sermos vistos, elogiados e ver crescer o nosso prestígio diante as pessoas. É importante conscientizarmos: o que agrada a Deus, não é o que fazemos para sermos vistos e sim, o que fazemos de coração, na gratuidade… O texto nos apresenta três exercícios que poderão nos ajudar a crescermos na vida cristã, que é a esmola, a oração e o jejum. A esmola, no seu sentido amplo, é toda a nossa disponibilidade em ajudar ao próximo, tanto materialmente como espiritualmente… A oração é o nosso contato íntimo e filial com Deus, é a prova de que reconhecemos as nossas fragilidades e queremos nos colocar na sua total dependência. E o jejum, é o exercício do autocontrole, temos que ter um controle sobre nossas vontades, nossos impulsos que muitas vezes nos levam a pecar…. Quem tem um relacionamento com o irmão através da partilha, da atenção para com os necessitados, vive a caridade (esmola). Do mesmo modo, quem tem um relacionamento íntimo com Deus, tem uma vida de oração. E quem consegue ter um autocontrole sobre suas vontades, seus impulsos, praticam o jejum. A pratica da esmola, da oração e do jejum, quando partidas do coração, nos possibilitam uma vivencia harmoniosa com Deus e com os irmãos. Porém, se junto delas, estiver embutido o desejo de sermos vistos e elogiados pelas pessoas, estas práticas, perdem seu valor, não serão reconhecidas por Deus, serão aplaudidas pelos os homens e ignoradas por Deus… DESEJO A TODOS UM FRUTUOSO TEMPO QUARESMAL!
QUE DEUS VOS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho.