Por Olívia Coutinho
Para nos libertar da escravidão do pecado, Deus nos enviou seu Filho, que pagou com o seu sangue, o preço da nossa liberdade. E mesmo diante de tão grande prova de amor, ainda existem aqueles, que exigem sinais extraordinários da sua divindade, como condição para crer nele!
A espera de grandes sinais, estes, vão ignorando a manifestação do amor de Deus, presente nas ações misericordiosas de Jesus, ações, que continuam sendo realizadas através daqueles que hoje dão continuidade a sua presença no mundo. É dentro da nossa realidade, que Jesus se manifesta, que Ele nos fala de várias maneiras: através das pessoas, dos acontecimentos, da natureza, nas passagens tristes e alegres da nossa vida…
Quem tem os ouvidos e o coração aberto para acolher a sua mensagem, reconhece de imediato a manifestação de Jesus no seu cotidiano, já os que ficam na dependência de sinais extraordinários para crer Nele, passam por Ele a todo instante, mas não o reconhece.
O evangelho de hoje, chega até a nós, como um convite à conversão, a uma mudança radical de vida.
Citando o exemplo dos Ninivitas, que responderam a pregação de Jonas, chamando-os à conversão, Jesus nos mostra, o quão é grande a sua alegria diante de um povo que se abre à conversão.
A narrativa mostra-nos ainda, uma atitude severa de Jesus, dirigida a um povo fechado na sua incredulidade, os doutores da Lei e os fariseus, que pediram a Ele um sinal que provasse que Ele era de fato, o Messias. Mas Jesus é categórico: “Nenhum sinal lhes será dado, a não ser o sinal de Jonas.” Com essas palavras, Jesus já preanuncia a sua morte e a sua ressurreição, pois assim como Jonas, que permaneceu três dias no ventre de uma baleia, Ele também, permaneceria três dias, no seio da terra, para depois ressuscitar.
O texto cita ainda, o exemplo da Rainha de Sabá que ao ficar sabendo da sabedoria de Salomão, veio de longe para ouvi-lo (Cf 1Rs 10,1-10). Diferente da Rainha de Sabá, que veio de longe para ouvir Salomão, os doutores da lei e os fariseus, haviam vindo de longe, ou seja, de Jerusalém para contestar a divindade de Jesus. Eles tiveram tão perto de quem era maior do que Jonas, mas ao contrário dos Ninivitas, não quiseram ouvi-lo, desperdiçando assim, a graça de Deus.
Ao longo de sua vida pública, Jesus realizou muitos milagres, sinais que levou o povo a crer Nele, mas seus opositores, mesmo presenciando tais sinais, não quiseram acreditar que Jesus era o Messias, o enviado de Deus, não, por falta de evidencias da sua Divindade, e sim, pelo o endurecimento e pelo fechamento do coração. Para quem tem o coração fechado, nenhum sinal, é suficiente para fazê-lo crer em Jesus.
E assim, muitos, ainda hoje, recusam a graça de Deus, ao contrário dos Ninivitas, que bastou uma única pregação de Jonas, para que eles se convertessem e mudassem de vida.
Quem está comprometido com o projeto de Deus, não fica esperando por milagres para afirmar a sua fé em Jesus, não precisa de sinais extraordinários, para reconhecer a presença e a intervenção de Deus, por meio de Jesus, na sua vida, pois em tudo, ele vê e sente a sua presença…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho