Por Olívia Coutinho
Numa sociedade que não presa os valores do Reino, o que impera é o consumismo, a ganancia, grandes inimigos que separam a criatura de seu Criador… O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, começa falando da indignação de Jesus diante a uma tamanha inversão de valores: um lugar, onde deveria ser um local de oração, de encontro de irmãos, estava sendo transformado num lugar de comercio, de exploração da fé. Indignado, Jesus interrompe este comércio ilícito, espalha as moedas pelo o chão, derruba as mesas, expulsa os vendedores e todos os animais com exceção as pombas. Com as pombas, Jesus foi mais ameno, não as expulsou, pediu que as retirassem dali, provavelmente, em respeito aos pobres, pois as pombas, eram as ofertas que os pobres faziam ao templo. É importante entendermos: a preocupação de Jesus, não era com o templo de pedra em si, e sim, com o templo de “pedra viva” que é a pessoa humana. Jesus sabia da esperteza dos vendilhões do templo, Ele estava ciente de que estes, que se diziam fiéis a Deus, estavam explorando o povo, principalmente os mais pobres. “Não façais da casa de Meu Pai, uma casa de comercio.” Depois da ressurreição de Jesus, os discípulos lembraram destas suas palavras e as associaram com o que diz as escrituras: “O zelo pela casa do meu Pai me consumirá.” Graças ao testemunho dos discípulos, hoje, nós sabemos, que foi o zelo pelo que é do Pai, isto é: a humanidade, que levou Jesus à morte, e sabemos também, que foi o amor do Pai pela humanidade, que o ressuscitou no terceiro dia. Sempre que deparamos com este evangelho, é comum, ficarmos centrados na atitude severa de Jesus, expulsando os vendilhões do templo e com isso, não meditamos o mais importante, o cerne deste evangelho, que é, a apresentação de Jesus, como o templo vivo de Deus: “Destruí este templo, e em três dias o levantarei.” Com essas palavras, Jesus se revela como o Templo vivo de Deus, fazendo alusão a sua morte e ressurreição, mas por estarem voltados para as coisas materiais e cegos para as coisas de Deus, os vendilhões do templo, não entenderam aquela revelação! Enquanto Jesus falava de um templo de carne, que era Ele, eles entenderam que Jesus estava se referindo ao templo de pedra, chegando a zombar Dele. Este episódio, chama a nossa atenção, sobre a importância de eliminarmos tudo o que nos separa de Deus, que nos impede de fazermos do nosso coração, um templo vivo, onde Jesus possa habitar… Jesus é o templo vivo de Deus, enxertados Nele, somos também, templos vivos de Deus, seres humanos divinizados, que carrega dentro de si, a essência Divina! Como seguidores de Jesus, precisamos nos comprometer com a construção e com a conservação do templo vivo de Deus, que é o ser humano na sua totalidade. Meu irmão e minha irmã: Cuidemos do nosso corpo e respeitemos o corpo do nosso irmão, pois o nosso corpo e o corpo dele, é um Santuário, o templo vivo de Deus…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho