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OLIVIA COUTINHO – CAMINHAR… SER CAMINHO…

por Ornan Serapião
5 minutos para ler


Por: Olívia Coutinho
/Refletindo o Evangelho

O caminho era longo, era estreito e pedregoso! Caminho difícil de percorrer, mas que levava um povo a um lugar encantador! Contornado pelas lindas flores do campo, aquele caminho fazia imaginar o caminho do céu!

Ao pé do morro, uma pinguelinha sobre o córrego, ligando a planície à montanha e lá ao alto a capelinha! Ponto de encontro dos cristãos para as rezas dos fins de tardes, as missas de cada mês e as festas do congado! Construída no ponto mais alto daquela região, aquela capelinha tão bonita, podia ser vista de todos os pontos da redondeza!

Tão pequena e ao mesmo tempo tão grande nas missas de cada mês! Parecia o próprio coração de Deus, acolhendo o povo que vinha de todos os cantos do lugarejo, a pé ou a cavalo…

O padre vinha de longe, trazendo na bagagem muito amor e muito carinho pra partilhar! Em meio a poeira da estradinha de chão vermelho, ele vinha montado num cavalo branco! Com uma garrafinha de água na mão, o rosto banhado de suor, o padre apeava do cavalo e o amarrava à sombra de uma paineira! Cheio de alegria, ele tirava o chapéu e cumprimentava todos pelo o nome! Com um sorriso largo, brincava com as crianças e depois ia até a casa da dona Rosa, que já o esperava em frente a cerquinha do jardim, com um largo e belo sorriso! Depois de saborear as deliciosas quitandas feitas pela a moradora mais antiga da região, o padre subia o morro junto com a criançada, com muito cuidado para não escorregar, provocando risos na garotada acostumada com aquela maratona!

E a menina, que gostava tanto de Jesus, também subia junto!

Descendo e subindo o morro, participando de tudo que acontecia ali, a garotinha, enquanto passava férias na casa de sua avó, que morava ao pé do morro, participava de tudo que acontecia ali. E assim, ela passou a fazer parte da história daquele povo, um povo simples, que encontrava na fé, força pra luta do dia a dia! A grandeza do coração de cada um, era revelado na simplicidade de pequenos gestos! Entre eles tudo era partilhado, por isto tudo era de todos!

Era tudo tão bonito, apesar de tão difícil!

De mãos dadas com sua avó, nas rezas na capelinha, nas visitas aos pobres e aos doentes, a menina, ainda bem novinha, começou a experimentar a alegria de partilhar a vida!

Levando flores para Jesus, ela, um dia percebeu, que as flores que mais agradava a Jesus, era as flores que caminhavam…

Caminhar com alguém até Jesus, é oferecer a Ele o mais belo presente!

É caminhar e ser caminho…

As dificuldades de uma longa caminhada são esquecidas com a alegria da chegada!

(História inspirada em fatos da minha infância)

Olivia Coutinho, Administradora, Supercolaboradora do

Refletindo o Evangelho

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