Por Olívia Coutinho
Com a festa da visitação de Nossa Senhora, encerra-se o mês de maio, o mês dedicado a ela: a mãe de Jesus Mãe nossa! A palavra de Deus, que chega até a nós, no evangelho de hoje, nos apresenta Maria, como modelo de vida cristã, modelo, que deve ser seguido por todos nós que queremos seguir Jesus! Nossa vida, se pautada no exemplo desta grande mulher, com certeza, será uma vida fecunda, frutuosa! Logo que recebeu o anuncio, de que dela, nasceria o Salvador, Maria ficou sabendo também, da gravidez de Isabel. A partir de então, ela não pensa mais em si, pensa, em Isabel que era uma mulher de idade avançada e que certamente necessitaria de maiores cuidados durante a gravidez devido a fragilidade dos seus muitos anos… Sem hesitar, Maria, que havia se colocado, como serva do Senhor, se pôs à caminho da casa de Isabel. Com este gesto abnegado, ela nos dá um grande exemplo de solidariedade nos mostrando que o amor é muito mais do que um sentimento, muito mais do que palavras bonitas, o amor é gesto concreto, é decisão de ir ao encontro do outro, de inteirar-se de suas necessidades para poder ajuda-lo. Subindo e descendo montanhas em direção à casa de Isabel, Maria, levando Jesus em seu ventre, se fez a primeira missionária do Pai, a levar Jesus ao outro! O texto nos fala ainda, de dois encontros que ficaram marcado em toda história, o encontro de duas mães que pela a graça de Deus, se fizeram mães fora da normalidade: Maria uma virgem sem ter unido a um homem e Isabel uma anciã. No encontro destas duas mulheres, acontece também, o encontro invisível, mas sentido, de duas crianças que estavam sendo geradas no ventre destas duas mulheres distintas: no ventre da jovenzinha de Nazaré, estava sendo gerado Jesus e no ventre, antes estéril da anciã Isabel, João Batista! “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre. (Lc1, 41.” “Bem aventurada àquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor prometeu, ” Ao ouvir estas palavras de Isabel, Maria, diz: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva…” Este, é o canto do MAGNIFICAT, neste canto, Maria expressa de modo transbordante a sua gratidão pela a imensidão de maravilhas que Deus realizou em sua vida! Realizações, que ela reconhecia não serem somente em seu favor, mas em favor de todos, uma vez que, pelo o Filho que ela carregava no seu ventre, a salvação chegaria ao alcance de todos… O canto do MAGNIFICAT é um canto de gratidão e de humildade, nele, Maria reconhece o poder, a majestade do Senhor e se submete humildemente à sua vontade, proclamando-se bem aventurada! Com Maria, aprendemos que a humildade nos aproxima da perfeição e que ao dizermos “sim” a Deus, Ele nos transforma em “grandes” mesmo dentro da nossa pequenez. Podemos também, assim como Maria, louvar a Deus dizendo: A minha alma engrandece o Senhor, porque olhou para a humildade de seu servo ( a) “ O Todo Poderoso fez grandes coisas em meu favor…” Ao entregar-se por inteira, à serviço de Deus, Maria teve uma participação fundamental na história da salvação, enfrentando todos os desafios, desde a concepção de Jesus, até a sua morte de cruz. E mesmo com o coração transpassado de dor, ela manteve-se de pé aos pés da cruz. O papel desempenhado por Maria na encarnação e na morte de Jesus, nos deixa um grande exemplo, exemplo, de uma mulher forte, de alguém que ama, que não se deixa abater diante o sofrimento, porque confia no poder e na misericórdia de Deus. Com o seu testemunho, aprendemos a sermos inteiros no amor, a darmos passos ao encontro do seu filho Jesus, indo ao encontro do outro… Que nossos corações sejam iluminados pela à luz da bondade, a mesma luz que iluminou o coração de Maria, a grande defensora dos pobres e sofredores… “Deus cativou Maria e ela se deixou cativar por Ele!” Foi o “sim” de Maria, que nos possibilitou conhecer a face humana do Pai…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho