Por Olívia Coutinho
Estamos iniciando o mês de setembro, o mês das flores, um tempo bonito, que nos mostra com maior intensidade a arte do Criador no desenho de cada flor! Assim como a natureza nos convida a contemplar as suas maravilhas, a Igreja neste mês, nos convida a darmos uma atenção maior a palavra de Deus, pois é a partir do conhecimento desta palavra, que vamos nos inteirando do querer de Deus! O evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós, vem nos falar do encontro de Jesus com os seus primeiros colaboradores. Depois de ter sido expulso de Nazaré, após se revelar como o enviado de Deus, através de uma leitura do profeta Isaías, feita por Ele numa sinagoga, (Lc4,17-21) Jesus mudou o seu local de pregação, passando a pregar à céu aberto, isto é: nas praias, nas estradas, praças… Nesses espaços livres, suas palavras alcançariam um número maior de pessoas, o que podemos constatar no texto de hoje que começa dizendo: “Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se ao seu redor para ouvir a palavra de Deus.” A narrativa fala-nos do início da relação entre Jesus e os seus primeiros discípulos. Uma relação, que começa após uma fracassada pesca, quando Jesus depara com Simão (Pedro) e seus companheiros lavando as redes na praia, dando por encerrada as frustradas tentativas de pesca. A iniciativa deste encontro, partiu de Jesus, quando Ele decide fazer da barca de Simão, um local para mais uma de suas pregações. Terminada a pregação, Jesus diz a Simão: “Avance para águas mais profundas e lançai vossas redes para a pesca.” Mesmo desanimado, Simão, em obediência a Jesus, faz o que Ele manda e o milagre da pesca acontece. Foi o milagre que abriu os olhos de Simão e hoje, abre também os nossos olhos, para algo que muitos de nós, ainda não nos atentamos: o poder de Deus sobre todas as coisas! Neste episódio, Simão, que passou a se chamar Pedro, reconhece a divindade de Jesus, e numa atitude de humildade, atira-se a seus pés, se declarando indigno de estar com Ele: “Afasta-te de mim Senhor, porque sou um pecador!” Este reconhecimento de Simão, não afastou Jesus dele, pelo contrário, os tornou mais próximos ainda, pois Jesus o convoca a ser um pescador de homens! Pedro, um homem de temperamento forte que acreditava entender tudo de pesca, deixa-se conquistar por Jesus, larga a sua barca na praia e vai buscar outro mar! É na barca de Jesus, que ele avança mar adentro levando consigo os seus companheiros… Assim como Jesus convidou os primeiros discípulos a mergulharem nas profundezas do mar humano, hoje, Ele nos convida a deixarmos às margens e a avançarmos para as águas mais profundas, isto é, a nos colocar a serviço do Reino! Ficar às margens, pode até ser mais cômodo, afinal, não vamos correr nenhum risco, mas não vamos experimentar as alegrias de navegar na barca de Jesus, o único meio de chegarmos nas profundezas do coração do Pai! Lançar as redes em águas mais profundas do mar humano, significa abordar o outro, conquistá-lo para Deus, é buscar o novo, é inovar, é tornar ponte para que o outro possa conhecer, ou retomar o caminho da vida! A salvação é graça de Deus para todos, diante desta oferta de amor, cada um de nós tem que tomar uma decisão que requer uma resposta de coragem, de compromisso e de fé. A fé, o ardor missionário, nos desinstala nos estimula a buscar novos meios para anunciar, de forma criativa a Boa Nova do Reino! Como discípulo missionário de Jesus, não podemos ter medo de ousar, de ir mais além, o decisivo para nós, não é conhecer o caminho, é estar seguro de que Jesus irá conosco, ou seja, Ele é a nossa direção, o caminho, segui-lo, é a certeza de que chegaremos a um lugar seguro…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho